A ideia do clube é pedir indenização pelos prejuízos causados pelo não pagamento de uma série de dívidas nos últimos dois anos, sobretudo com membros do departamento de futebol.
Em maio do ano passado, a procuração do escritório de advocacia foi assinada por Steve Pasko, mas o antigo controlador do grupo 777 renunciou ao cargo no mesmo mês. Ou seja, de acordo com o Vasco, a procuração apresentada no agravo de instrumento original não tinha validade.
Em seguida, em julho de 2024, uma nova procuração foi outorgada ao escritório Bichara e Motta. No mencionado documento, a Advantage Capital Holdings LLC se coloca com legitimada para outorgar poderes em nome da 777 Carioca.
Em paralelo, o Sr. Alain Yacine se apresentou em várias reuniões no Brasil e no exterior como sendo o representante da Moelis & Company LLC. Segundo ele, alega a petição do Vasco, a Moelis & Company LLC estaria mandatada para se desfazer dos ativos na 777 Carioca LLC.
Também de acordo com o Vasco, o Sr. Alain Yacine alegara que quem controlaria os ativos do extinto Grupo 777 seria a seguradora norte-americana A-CAP, que também está sendo processada no exterior.
Recentemente, nos autos deste agravo de instrumento, foi apresentada uma terceira procuração. Desta vez, quem assina em nome da 777 Carioca LLC é o Sr. Mark Shapiro, conselheiro sênior da B. Riley Advisory Services. Ele também se diz administrador da 777 Carioca LLC.
Ou seja, o Vasco alega que a procuração outorgada pela 777 no presente recurso não foi assinada pelos sócios, destituídos de seus cargos de gestão, após a derrocada do grupo econômico, mas pela assessoria financeira que se encontra na gestão dos seus ativos.
"Como se vê, a situação é bastante inusitada. Num período de alguns meses, vários personagens se dizem legitimados para outorgar poderes em nome da 777 Carioca LLC. A pergunta é: quem, de fato, tem legitimidade para outorgar essas procurações – Advantage Capital Holdings LLC, Moelis & Company LLC, B. Riley Advisory Services ou A-CAP? E quem seria o Sr. Alain Yacine, que também se diz legitimado para “vender” ativos da 777 Carioca LLC?", questiona o Vasco na ação, completando:
"Mais ainda, é fundamental que se esclareça de uma vez por todas quem responde pela 777 Carioca LLC, uma vez que eventuais prejuízos suportados pelo Club de Regatas Vasco da Gama em razão da atuação temerária do Grupo 777 poderão ser direcionados para quem, de fato, estava – e ainda está – controlando e tomando decisões em nome do extinto grupo".