As articulações da oposição ao presidente Alexandre Campello no Vasco seguem a todo vapor. Na segunda-feira, uma reunião no Centro do Rio colocou Edmílson Valentim, presidente do Conselho Fiscal, diante de integrantes do Conselho Deliberativo que estão fora da atual gestão. O encontro, promovido pelo grupo “Identidade Vasco”, trouxe à tona novas críticas ao mandatário cruz-maltino.
Uma delas é referente à falta de transparência e ao descumprimento dos ritos do clube. Na segunda-feira, o Conselho Fiscal protocolou por unanimidade a negativa de parecer sobre as as contas do primeiro ano de mandato de Alexandre Campello. Foi alegado que o conselho não teve condição de analisar por falta de documentos — os últimos teriam sido entregues no último dia 18, sendo que o órgão deveria apreciar tudo até o dia 20.
A questão deverá ser repassada ao Conselho Deliberativo, que poderá votar pela definição de uma nova data para o Conselho Fiscal dar um parecer sobre as contas do ano passado.
Outro assunto na pauta da reunião foi a descoberta, por parte do Conselho Fiscal, de que a administração atual pegou um novo empréstimo com o empresário Carlos Leite. O valor foi de aproximadamente R$ 4 milhões e pago em uma semana.
Grupos tentam alinhamento
Adversários nas duas últimas eleições do Vasco, o grupo “Casaca”, tradicionalmente aliado a Eurico Miranda — que morreu no mês passado — , e a “Identidade Vasco”, de Roberto Monteiro, ensaiam uma aproximação.
Líderes de ambas as correntes políticas têm conversado sobre o futuro do clube e cogitam alinhar votos em algumas das próximas eleições em São Januário. Para a presidência do Conselho de Beneméritos, devem escolher Sílvio Godói, atual presidente e que deve convocar novas eleições por causa da morte de Eurico Miranda.
As conversas sobre um nome de consenso entre os dois grupos para presidente do clube também já tiveram início. A “Identidade Vasco” sinalizou que está disposta apoiar a candidatura de Luis Manuel Fernandes, ex-aliado de Eurico Miranda e o atual favorito do “Casaca”.