Vasco perde a vaga e Alex Dias

Foi uma quarta-feira para os vascaínos esquecerem. À tarde, no Centro do Rio, foi confirmada a transferência do atacante Alex Dias para o São Paulo. À noite, o clube empatou em 1 a 1 com o Friburguense e perdeu a vaga nas semifinais da Taça Guanabara, no Estádio Eduardo Guinle, onde a equipe parece sofrer maldição. O clube terminou a primeira fase na quinta colocação do Grupo B, com seis pontos, enquanto o time da casa ficou em quarto, com nove. O Volta Redonda, que venceu em casa por 3 a 1 o Madureira, ficou em terceiro.

O Vasco parecia abalado pelas últimas semanas conturbadas por causa das derrotas e dos episódios envolvendo Alex Dias. Sem agressividade, o time deixou o Friburguense tomar conta de todo o primeiro tempo. Por incompetência do adversário, o placar ficou 0 a 0.

Com a pressão do time da casa, o primeiro chute a gol do Vasco, dado por Abedi, saiu apenas aos 29 minutos, e assim mesmo sem perigo. Os cruzmaltinos ainda contaram com a conivência do árbitro Ubiraci Damásio, que não puniu a violência dos marcadores do clube, principalmente de Osmar, que deu pelo menos dois carrinhos violentos, um deles criminoso. Por outro lado, o juiz aplicou o cartão amarelo no lateral Nil, que revidou em Wágner Diniz a entrada que sofrera de Osmar. A torcida local ainda pediu um pênalti, em vão.

Com Ramon esforçado, mas ainda fora de ritmo, e Morais bem marcado, Romário mal tocou na bola nos primeiros 45 minutos. No intervalo, reconheceu a má atuação da equipe:

- Pelo que estamos jogando, não merecemos passar para a semifinal.

O Vasco voltou muito melhor para o segundo tempo e, em cinco minutos, criou mais chances do que as duas equipes juntas no primeiro. Logo no início, Romário recebeu de costas na área e foi puxado por Max. Sem querer ou não, o juiz compensou e nada marcou. Em seguida, Diego recebeu pela esquerda da área e passou para Rafael - que entrara em lugar de Osmar - tocar fraco para a defesa de Jefferson. Depois Morais chutou pelo alto ao aproveitar cruzamento rasteiro de Wagner Diniz.

Romário, que mal participara do jogo, perdeu a chance de diminuir a contagem para o gol mil ao ficar cara a cara com o goleiro, parar, pensar e tocar para fora. O time da casa pediu impedimento. Romário tentou compensar depois com um voleio, mas Jefferson defendeu.

O Vasco ainda perdeu algumas chances, mas acabou dando espaços para o Friburguense crescer. Não fosse um bom trabalho do atabalhoado mas eficiente Roberto, o time teria sofrido o primeiro gol aos 20 minutos. Ricardinho ajeitou de cabeça para Jones, que dominou na linha da pequena área, mas o goleiro chegou abafando e salvou. Em seguida, os friburguenses pediram outros dois pênaltis, não marcados pelo árbitro.

Aos 42, o lateral Nil, o melhor do Friburguense, recebeu pela esquerda e bateu cruzado para vencer Roberto: 1 a 0. Mas Claudemir sofreu pênalti nos acréscimos e deu prêmio de consolação a Romário, que perdeu a cobrança mas marcou no rebote. O craque empatou o jogo e ficou a 52 gols do milésimo. No fim, pequena confusão no estádio entristeceu mais a noite vascaína.

Friburguense: Jefferson, Sérgio Gomes, Cadão, Max e Nil; Bidu, Gedeil, Victor Hugo (Carlos Alberto) e Marquinhos (Júlio César); Jones e Robinho (Ricardinho). Técnico: Cleimar Carvalho.

Vasco: Roberto, Wagner Diniz (Claudemir), Éder, Fábio Braz e Diego; Ygor, Osmar (Rafael), Abedi e Morais; Ramon (Alan) e Romário. Técnico: Renato Gaúcho.

Local: Estádio Eduardo Guinle (Nova Friburgo).

Árbitro: Ubiraci Damásio de Oliveira, auxiliado por Aristeu Tavares e Avelino Pimentel.

Renda e Público: R$ 44.155, com 4.455 pagantes.

Cartões amarelos: es3Nil, Ricardinho (Friburguense).

Gols:No segundo tempo, Nil (42min), Romário (48min)