A campanha que pôs fim à seca de 12 anos sem título carioca teve uma marca registrada no Vasco: os gols de bola parada. Principal recurso do time comandado por Doriva, responsável por 21 das 35 balançadas de rede no estadual, as cobranças de faltas, pênaltis e escanteios pararam de surtir efeito no Campeonato Brasileiro, e o jejum alcança os impressionantes 298 minutos.
Foi pelo pé direito de Lucas, no empate em 1 a 1 com o Inter, em 23 de maio, em São Januário, a última vez em que o Vasco deu alegria ao torcedor (reveja no vídeo abaixo). São, desde então, três jogos sem marcar. Desempenho que ajuda a explicar a má campanha - o time soma três empates e três derrotas, e, com apenas um ponto, é o 19º colocado, na zona do rebaixamento.
- Creio que a dificuldade é o campeonato mesmo. Brasileiro é mais equilibrado. Estamos tentando, mas a bola não entra. Vamos nos acertar e dar a volta por cima - opina o atacante Thalles, reserva, com duas participações na Série A.
Mesmo em baixa, as jogadas de bola parada representam muito ao Vasco. Dos 42 gols em 2015, 25 foram desta forma, ou seja, 59,5%. A última, em 13 de maio, uma cobrança de falta de Rodrigo, no 1 a 1 com o Cuiabá, foi pela Copa do Brasil. Tal rendimento deixa o Cruz-Maltino como o 12º ataque da temporada dentre os 20 times da Série A, mais o Botafogo. O Sport, com 59, é o melhor. E o Joinville, com 20, o pior.
- Nos três primeiros jogos tivemos boas atuações, mas não saíram os gols. Só empates. Depois, nos outros dois (Atlético-MG e Ponte Preta), demos uma caída. Voltamos a um bom nível (diante do Atlético-PR). Temos que trabalhar, corrigir as coisas. Em momento algum desconfiamos do nosso elenco. Temos qualidade e já demonstramos isso - analisa Doriva.
Sábado, em São Januário, o rival é o Cruzeiro. Após cumprir suspensão, Gilberto deve retomar a titularidade. Formará dupla com Rafael Silva.
Os gols do Vasco em 2015
Carioca: 35 (22 de bola
parada, sete de pênalti)
Copa do Brasil: seis (dois
de bola parada, um de pênalti)
Brasileiro: um (um de bola parada)