Com a crise financeira batendo cada vez mais forte na porta neste fim de ano, o Vasco terá que se adequar a uma nova realidade para 2013. O clube planeja redução em sua folha salarial de até R$ 1,5 milhão, praticamente metade da que tinha no Brasileiro deste ano - R$ 3,5 milhões.
No elenco, outra decisão, a de diminuir o teto dos vencimentos, o que já gerou a primeira crise: Felipe, insatisfeito com a intenção do presidente Roberto Dinamite e do diretor executivo René Simões de reduzir seu salário de R$ 300 mil para R$ 200 mil, novo limite previsto, atacou a diretoria via imprensa.
Após o ataque, Felipe chegou a ter sua saída anunciada por René e lamentada por Ricardo Gomes na última sexta-feira, mas desmentida por Roberto Dinamite nas horas seguintes. Com o desencontro de informações, o diretor executivo amenizou e comunicou que o atleta será apenas afastado do elenco por ter desrespeitado a hierarquia do clube nas suas críticas em entrevista ao Jornal Extra na última semana.
A redução da folha e o novo teto visam diminuir o impacto que as penhoras têm causado no futebol do clube. Com as receitas bloqueadas e salários atrasados, o Vasco já perdeu atletas como Juninho Pernambucano, Fernando Prass, Alecsandro e Nilton, o que ao menos exonerou os cofres vascaínos. Somados aos vencimentos de jogadores que saíram em final de contrato, como Eduardo Costa, a economia já chega a R$ 1 milhão.
Para 2013, o clube pensa também em instituir quatro faixas salariais, com a maior delas sendo o teto de R$ 200 mil, onde Felipe estaria. A intenção é reorganizar as finanças do Vasco, cambaleantes no segundo semestre deste ano.
Vamos trabalhar com quatro faixas de vencimentos (A, B, C, D). O clube não consegue suportar um teto de R$ 300 mil e mais os encargos. Fica inviável. É um trabalho incansável que estamos fazendo para voltar a viabilizar a situação financeira. O objetivo é colocar as coisas para funcionar e conseguir pagar em dia assim que possível, explicou René Simões, diretor executivo do Vasco.