O corintiano Andrés Sanchez tem no Rio de Janeiro um campo fértil para articular a criação da liga que venderia os direitos de transmissão do Brasileiro sem a ajuda do Clube dos 13.
No Flamengo, Patrícia Amorim tem sido pressionada a deixar o C13. Há, porém, uma ala menos radical da diretoria que quer esperar a futura entidade estar consolidada.
A nova diretoria do Fluminense está insatisfeita com o C13. Veladamente, reclama que só recebeu telefonemas com cunho político da entidade e que não foi convidada para ações relevantes. Sua conclusão é a de que a principal atividade do C13 é fazer política, uma política cara devido aos gastos da associação.
Os dirigentes do Fluminense também se assustaram com o tamanho da dívida feita pela administração anterior com o C13. A entidade emprestou R$ 14 milhões ao Flu, com baixas taxas de correção e sem prazo para pagar. Isso não tem a ver com outros R$ 9 milhões em cotas de TV dados como garantia num empréstimo feito pelo Bic Banco. Os tricolores avaliam que o clube virou refém do C13 por causa das operações feitas pela diretoria anterior.
A cúpula do Vasco, aliada ao Corinthians, crítica o fato de o C13 não conseguir unir os clubes para fechar o maior contrato da história do futebol brasileiro.
Não conversei com dirigentes do Botafogo, mas o alvinegro está entre os que votaram contra Fábio Koff na última eleição do C13, assim como corintianos, vascaínos e tricolores do Rio.
Se os cariocas abraçarem o Corinthians, faltarão mais dois clubes para a criação do C7. Mas, se o Corinthians confirmar a sua saída, a Globo ou qualquer outra emissora já terá justificativa para não participar da concorrência pelo Brasileirão. O C13 não falaria mais em nome dos 20 clubes oferecidos no pacote original.