O prejuízo técnico e de imagem com a terceira queda do Vasco para a Série B em oito anos não é o único grande empecilho que o clube precisa superar em 2016. Atolado em dívidas e processos trabalhistas, o Cruzmaltino tem um futuro financeiro nebuloso e pode começar o próximo ano sem patrocinadores.
Atualmente, o Vasco constitui parcerias com a Caixa Econômica Federal e com a Viton 44. No caso da empresa estatal, o contrato é válido até dezembro de 2015, mas ela ainda não deu garantias de que continuará patrocinando clubes de futebol na temporada seguinte.
Já a marca de bebidas ainda possui um vínculo de mais um ano com o clube, mas seu dono, Neville Proua, procurou o presidente vascaíno Eurico Miranda e lhe informou pessoalmente que não terá condições de cumprir seus compromissos, já que a empresa atravessa dificuldades financeiras e, inclusive, chegou a atrasar algumas parcelas dos patrocínios a Vasco e Fluminense nesta temporada.
De acordo com Proua, Miranda aceitou um acordo de cavalheiros para um rompimento amigável. Caso isto, de fato, aconteça, o Cruzmaltino estará deixando de receber R$ 8,4 milhões (até dezembro deste ano o clube terá recebido R$ 7 milhões).
O Vasco ainda possui a parceria com a fornecedora de material esportivo Umbro. O contrato é até 2017 e fornece um mínimo de R$ 8 milhões anuais (mais as variáveis de royalties).
Clube sofre processos quase diários
Enquanto tenta se equilibrar de todas as formas para manter seus compromissos – o clube está em dia com jogadores e funcionários – o Cruzmaltino ainda precisa conviver com processos trabalhistas quase que diários. Entre as dezenas de novas ações que surgiram na temporada, o Vasco conseguiu fazer acordo na maioria delas e evitou penhoras.