O sócio do Vasco só poderá decidir o futuro presidente do clube dia 11 de novembro, data que foi estipulada nesta terça-feira pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Antes, porém, ele provavelmente presenciará uma nova eleição onde tomará conhecimento de quem assumirá o cargo máximo do Cruzmaltino até lá.
O pleito extraordinário deverá acontecer em função do mandato de Roberto Dinamite expirar no próximo dia 20. Com isto, a tendência, como manda o Estatuto, é que haja uma convocação do Conselho Deliberativo para colocar em votação a prorrogação ou não do dirigente, bem como a dos conselheiros e dos poderes eleitos em sua gestão.
Presidente do órgão que será encarregado da missão, Abílio Borges ressalta que há até mesmo uma brecha no estatuto do clube que dá indícios de que se pode prorrogar o mandato de Dinamite sem a necessidade de votação em conselho, mas o mesmo já deixou claro que isso não acontecerá.
"Andei olhando o estatuto e existe um artigo em que acho que posso prorrogar sem colocar em votação, mas eu não vou fazer isso porque seria uma aberração. A minha ideia é tentar conversar com as partes interesses e fazer uma convocação de conselho para aprovar a prorrogação do mandato", disse ao UOL Esporte.
Advogado do Vasco, Marcello Macedo também confirmou a necessidade de uma eleição específica para tratar do tema em conselho, mas foi firme em afirmar que não existe a possibilidade de Roberto Dinamite não continuar no cargo.
"Pode anotar aí: o Marcello Macedo, advogado do Vasco, afirmou que o mandato do Roberto Dinamite será prorrogado até novembro".
Caso se decida pela não continuidade de Dinamite na presidência, duas opções surgem como viáveis seguindo o estatuto: a formação de uma comissão administrativa para gerir o clube até a eleição de novembro ou a efetivação do presidente do Conselho Deliberativo, Abílio Borges, ao cargo.
"Neste momento, a solução mais indicada é a prorrogação de mandato de todo mundo", indicou Abílio.