Ao entrarem em campo, às 22h, para enfrentar o São Paulo, pela Copa do Brasil, os vascaínos, enfim, poderão esquecer — ao menos por 90 minutos — a pressão, as contas e a corrida contra o tempo para escapar do rebaixamento à Série B do Brasileiro. No torneio de mata-mata, a realidade cruz-maltina é diferente. O time faz campanha convincente e até sonha com o título no fim do ano. Nesta quarta, um outro Vasco entra em ação.
No mata-mata, o Vasco em nada lembra a equipe que foi saco de pancadas em boa parte do Brasileiro e, agora, busca a reação. Até o momento, foram seis duelos, dois pelo Estadual (contra Flamengo e Botafogo) e quatro pela Copa do Brasil (contra Rio Branco-AC, Cuiabá, América-RN e novamente o Flamengo). Em todos, os cruz-maltinos levaram a melhor. Confiança não será problema.
— Num jogo de 180 minutos, voltar de lá sem tomar gol é importante. Um empate com gols também ajuda. Sabemos da dificuldade que é enfrentar o São Paulo. Tem um técnico inovador. O revezamento que ele tem procurado fazer não é comum no Brasil. É uma forma de trabalhar interessante, porque os jogadores entram mais descansados. Vai ser um jogo difícil, mas vamos para lá tentando surpreendê-los — afirmou o técnico Jorginho.
Além da pausa na tensão do Brasileiro, a Copa do Brasil ainda representa para o Vasco a possibilidade de aumentar as receitas. Até agora, o clube faturou R$ 2,9 milhões só em premiações. A classificação para as semifinais representará mais R$ 1 milhão em prêmio, quantia mais do que bem-vinda, já que o clube sofre com atrasos e retenções nas parcelas de patrocínio e não consegue pagar os salários em dia.
— A gente foi muito bem na Copa do Brasil e, nos últimos quatro jogos, foi bem no Brasileiro. Só vira a chave em termos de competição. A pegada é igual — garantiu o técnico vascaíno.