O grupo americano 777 Partners, que será dono de 70% da SAF do Vasco da Gama, pretende investir cerca de R$ 700 milhões para que o clube cruz-maltino volte a estar nas competições mais importantes do país e do continente atuando como um clube forte, estável e competitivo.
Nesta era da SAF podemos observar algumas diferenças na situação do Vaso em relação às aquisições recentes, como a do Cruzeiro. Não se trata de um investidor focado apenas em investir no futebol, mas sim de um grupo de empresas atuando em várias áreas de negócio como na área da aviação sendo proprietário de duas empresas aéreas de baixo custo, uma na Austrália e outra no Canadá.
Além disso, possui empresas nas áreas de mídia e entretenimento onde através de streaming transmite o campeonato americano de futebol, na venda de direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro para o exterior e na comercialização dos direitos de apostas relacionadas ao Brasileirão para o exterior.
A entrada no ramo esportivo, mais precisamente no futebol ocorreu em 2018, quando comprou por volta de 15% das ações do Sevilla da Espanha. Os números exatos nunca foram divulgados pela imprensa e em 2021 adquiriu enorme parte das ações do Genoa da Itália.
O primeiro passo a ser tomado pelos novos proprietários será a escolha e contratação de um novo técnico para ocupar a vaga do atual treinador interino.
A ideia da 777 Partners é continuar com o desenvolvimento de jovens jogadores investindo ainda mais na área. Isso irá proporcionar uma frequente renovação no time principal além de uma grande economia em contratações. Um dos investidores já declarou que a marca do Vasco será ter um time jovem e agressivo. Não é preciso ser como o Chelsea na liga inglesa logo depois de ser comprado, exigindo um grande investimento para montar um elenco do zero sem jogadores da base praticamente.
O Vasco sempre investiu em sua base e grandes revelações foram ali descobertas como Roberto Dinamite, Romário, Talles Magno, Edmundo, Mazinho e muitos outros craques que foram formados nas categorias de base do clube carioca.
Neste ano o Gigante da Colina após a renovação desse departamento trouxe para o time principal vários jogadores que tiveram bom desempenho na base.
Um dos maiores exemplos de sucesso é o do volante Andrey Santos que começou a frequentar os treinamentos dos profissionais e em seguida passou a jogar na equipe titular com enorme destaque.
Outros dois atletas, o atacante Eguinaldo e o meio-campista Marlon Gomes passaram pelo mesmo processo e acabaram subindo a equipe profissional.
Ninguém pode negar que apesar do Clube de Regatas Vasco da Gama não ter tido recentemente muito sucesso em campo, a entidade nunca deixou de lado a sua base. Por isso não faria sentido transformar-se em um time que só contrata jogadores medalhões e caros e abrir mão de uma verdadeira máquina de gerar talentos e que com mais visão e planejamento, pode também vender bons nomes. Basta ver como o time revelou jogadores de milhões e milhões de reais só nos últimos anos.
Alan Kardec
Depois de deixar a base e subir ao time principal Alan Kardec hoje no Atlético Mineiro foi vendido ao Benfica de Portugal em 2011. Chegou a jogar no Internacional, Santos, Palmeiras, São Paulo e Chongqing Dangdai da China.
Douglas Luiz
O volante Douglas Luiz saiu do Vasco, vendido ao Manchester City por 12 milhões de Euros, acabou sendo emprestado ao Girona da Espanha e hoje atua pelo Aston Villa da Inglaterra, pronto para sair para o Arsenal.
Philippe Coutinho
O atacante formado nas categorias de base do Vasco já rodou a Europa atuando na Inter de Milão, Espanyol, Liverpool Barcelona, Bayern de Munique e hoje joga pelo Aston Villa da Inglaterra.
Alex Teixeira
Alex Teixeira deixou o Vasco em 2010 tendo sido negociado com o clube ucraniano Shakhtar Donetsk por 6 milhões de Euros. Atuou na China e no Besiktas da Turquia. Hoje voltou para casa defendendo seu clube de coração o Vasco da Gama.
Paulinho
O atacante Paulinho saiu do Vasco vendido ao clube alemão Bayer Leverkusen em 2018, onde atua até hoje. Na época o valor envolvido chegou a 20 milhões de euros foi o recorde no cruz-maltino como a maior venda ocorrida em toda sua história.