Palco do primeiro amistoso do Vasco nesta passagem do clube pelos Estados Unidos, o Exploria Stadium oferece estrutura de primeira qualidade para o torcedor. O ge esteve nos arredores do estádio no último domingo. A localização é um dos pontos fortes da arena.
Casa do Orlando City, Orlando Pride e Orlando City B, o estádio fica a apenas duas quadras do Amway Center, que sedia os jogos da NBA em Orlando.
O estádio, inaugurado há quase seis anos, possui cinco entradas - A, B, C, D e E - e é patrocinado pelo Walt Disney World Resort. É um local de fácil acesso, com muitos estacionamentos ao redor, e o clube se gaba por ter uma das melhores localizações entre as equipes da MLS, a principal liga de futebol americana.
Do lado de dentro, a experiência de torcedores ouvidos pelo ge também é muito positiva. Banheiros limpos, cadeiras novas e acessibilidade. A torcida do Orlando City fica no setor chamado de “O Paredão”. É onde os torcedores mais empolgados se juntam nos jogos do time da casa.
O túnel de acesso ao campo possui mensagens de incentivo ao time local em várias línguas, e mensagens não tão hostis do lado que entra a equipe visitante. O objetivo do Orlando City foi construir um estádio intimidador.
A personalização dos vestiários muda de acordo com o time que está jogando: é uma para o Orlando City e outra para o Orlando Pride, que é a equipe feminina.
As cadeiras do estádio são em sua maioria brancas e roxas, mas há algumas pintadas com as cores do arco-íris, homenagem do clube às vitimas do Massacre de Orlando, um atentado contra uma boate LGBT+ ocorrido em 12 de junho de 2016, quando 49 pessoas morreram.
Uma das coisas mais interessantes é o aplicativo oficial do estádio, o “Lion Nation”, que permite ao torcedor fazer pedidos de comida e outros produtos e receber no local em que você estiver sentado.
São Januário
O estádio do Vasco, assim como muitas arenas no Brasil, caminha do lado oposto ao do Exploria Stadium. Os torcedores que frequentam São Januário clamam por uma modernização do espaço. E a tendência é que isso aconteça nos próximos anos, especialmente agora que a SAF foi vendida para a 777 Partners. O estádio passou a ser administrado pela empresa americana, porém, ainda pertence ao clube associativo.
O clube negocia com a Prefeitura do Rio de Janeiro para receber o potencial construtivo referente ao complexo de São Januário. As eventuais receitas seriam usadas para reforma, modernização e ampliação da capacidade para 40 mil torcedores.
A negociação prevê que o potencial construtivo de São Januário seja transferido para o clube, que poderia negociá-lo com investidores privados interessados em construir em outras áreas do Rio de Janeiro. Algo semelhante ao que aconteceu no Porto Maravilha, no Centro da cidade. Com os recursos arrecadados, o Vasco teria a obrigação de investir na modernização de seu estádio.
A expectativa é que o assunto seja retomado com o prefeito Eduardo Paes ainda este mês. A 777 está ciente e aprova a negociação.
Por outro lado, clube e empresa têm interesse em mandar jogos no Maracanã ao longo da temporada. O Vasco se sentiu prejudicado na concessão precária feito pelo Governo do Estado a Flamengo e Fluminense enquanto não sai a licitação para administração do estádio.
O acordo firmado com o governador Claudio Castro é de que vai haver chamada pública no caso de uma próxima concessão precária. Mas o clube espera que isso não seja necessário e que a licitação seja concluída antes. A 777 já disse que o Vasco tem interesse na administração do Maracanã.
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