A diretoria do Vasco trabalha para firmar parceria com o empresário Pedrinho Vicençote.
A ideia é ocupar as dependências de seu CT em Itaguaí, levando para lá parte das divisões de base do clube.
O tema está sendo tratado por Alexandre, filho do presidente, e Humberto Rocha, gerente do futebol amador.
Não tenho detalhes do projeto, que pode até ter em seu bojo algo de vantajoso que justifique o acordo.
Mas não me parece politicamente correto instalar a linha de produção do principal ativo do Vasco nas dependências de um profissional cujo o ramo é a venda para o exterior de jovens talentos do futebol brasileiro.
Vicençote, ex-lateral do clube e contemporâneo de Roberto Dinamite em seus tempos de atleta, possui mais de 100 jovens jogadores em seu CT e é hoje um dos maiores exportadores dos chamados \"craques de meia confecção\".
Se já assustava saber que o coordenador da categoria infantil do Vasco é um antigo ex-funcionário de Vicençote, assombra agora saber que clube e empresário estão misturando as operações.
O mercado de formação de atletas, parte estratégica na gestão de um clube de futebol, merecia um olhar mais rigoroso e menos \"fraternal\", com menos senões e mais transparentes.
Roberto viu agora mesmo o que aconteceu com Zico, no Flamengo.
Pelo jeito, quer ter o mesmo final.