Vasco projeta recuperação do Sócio Gigante e aumento de receitas

Após um período de quedas, o Vasco comemora a recuperação de seu programa de sócio-torcedor. Desde o início do ano o programa começou a dar sinais de reação e atingiu números expressivos em junho, especialmente em relação a receitas. No último mês o clube arrecadou mais de R$ 3 milhões e conseguiu seu melhor resultado desde novembro de 2020.

No último mês o salto foi grande. O Vasco saiu de R$ 2,237 milhões arrecadados em maio para R$ 3,101 milhões com a receitas do programa. Além disso, foram quase 10 mil novos associados. O clube fechou o mês com 61 mil sócios-torcedores. Foi o primeiro momento expressivo de recuperação desde o início da pandemia. Os números serão apresentados em breve pelo Vasco, em um relatório de prestação de contas.

O Vasco iniciou o ano com pouco mais de 47 mil sócios. Obviamente o aumento tem influência da melhora do desempenho esportivo, mas também envolve um trabalho da área de marketing que vem sendo realizado desde o ano passado. O clube vem trabalhando para agregar benefícios, mas também cobrando mais. Hoje, o ticket médio é de R$ 50, mais do que o dobro de quando o Vasco teve o boom de 180 mil sócios, em 2019. Na época, o ticket médio era de R$ 23.

- Houve um aumento de receita importante, passamos de R$ 3 milhões (mês), o que é fundamental. Isso é resultado de muito trabalho, tivemos alguns pontos importantes para isso, como o aumento do ticket médio. Houve investimento em um conjunto de coisas para a melhoria do programa. O clube investiu na estrutura para gerar uma maior praticidade na aquisição de ingressos, por exemplo. Investimentos na central de atendimento, no protocolo de atendimento. Também foi feito um trabalho muito grande nas renovações para reter sócios. É um trabalho que tenho muito orgulho – disse o VP de Marketing do Vasco, Vitor Roma, ao ge.

De fato, o trabalho realizado para reter sócios trouxe resultados. O clube conseguiu pela primeira vez desde o início de seu programa de sócio-torcedor ter um ciclo de renovações com mais entradas do que saídas de sócios - 73% dos 17 mil contratos em fim de vigência foram renovados. Além disso, conseguiu cerca de oito mil novos sócios em campanhas com cupons.

Os números alcançados em junho são motivos de comemoração, mas em termos de quantidade de sócios estão longe dos mais de 180 mil associados que o clube atingiu no fim de 2019. Na ocasião, na gestão de Alexandre Campello, o clube atingiu a marca em uma promoção com descontos, mas que não se sustentava, na opinião de Vitor Roma. O movimento teve grande adesão da torcida, mas o número de sócios despencou consideravelmente após seis meses, no meio da pandemia.

- Naquela ocasião houve um crescimento efêmero com pouca base na análise de mercado. Foi um movimento espontâneo da torcida, mas que não se sustentava. Agora temos um ano de trabalho intensivo, entendimento do que a torcida quer, melhoria nos processos, melhoria dos planos, facilidade de pagamentos e cobrança, entre outras coisas que deixam o processo mais fluido - analisou Vitor Roma.

Ainda não há uma meta estipulada, mas o clube projeta um novo crescimento expressivo nos próximos meses. Nas redes sociais há um movimento de torcedores para que o clube chegue a 100 mil sócios, mas a campanha, por ora, não foi oficialmente abraçada pelo Vasco. O cenário, no entanto, é otimista, com estádios lotados, o time bem e, possivelmente, o retorno à Série A. Além da criação da SAF e da expectativa por reforços. Caso de Alex Teixeira, por exemplo, que tem negociação em andamento com o clube.