Para preservar os jogadores e evitar invasões como as da semana passada ao Vasco-Barra e a São Januário, 20 seguranças monitoraram o treino da última segunda-feira pela manhã. No portão do centro de treinamento vascaíno, uma viatura da Polícia Militar também estava de prontidão, com dois policiais.
Hostilizado e quase agredido por torcedores enfurecidos nas sociais de São Januário, depois da derrota por 4 a 2 para o Figueirense, o presidente Roberto Dinamite confessou: tem sido uma tortura assistir aos jogos da Tribuna de Honra da Colina. O Vasco perdeu as últimas três partidas que disputou em seu estádio, para Cruzeiro, Náutico e Figueirense.
\"O momento mais difícil é estar ali, sofrendo, porque os resultados não surgem. Mas sou o presidente e assumo. Essa minoria de torcedores não vai atrapalhar\", garantiu.
Apesar da crise, o dirigente continua otimista quanto à salvação do Vasco. Fez até uma brincadeira com os 74% de risco de o time se rebaixado.
\"É, 74 é um bom número, traz boas lembranças. O Vasco foi campeão brasileiro\", descontraiu Roberto, um dos destaques da conquista do Campeonato Brasileiro naquela temporada.
Mas, com os jogadores, ele falou sério. Antes do treino da manhã, no Vasco-Barra, a cúpula do clube e a comissão técnica tiveram uma reunião de quase uma hora e meia com o grupo.
\"A superação faz parte da vida de todos e só com superação eles vão tirar o Vasco dessa situação\", disse Roberto.