Bola pingando na área e gol marcado, mas o lance vai para a revisão do VAR. Com problemas para traçar a linha de impedimento na sala de vídeo, segundo o canal "Premiere", uma polêmica decisão de campo é mantida. O Vasco viveu um filme repetido no empate em 1 a 1 contra o Brasil de Pelotas, nesta sexta-feira, em São Januário.
Apontado pelo bandeirinha em posição irregular, Daniel Amorim colocou para as redes em rebote de chute de Andrey que explodiu na trave, aos 37 minutos do segundo tempo. O gol acabou anulado, mas o Vasco voltou a marcar com Daniel Amorim posteriormente e saiu do jogo com um empate.
As imagens do lance, porém, colocam dúvidas sobre a decisão e revoltaram torcedores nas redes. O diretor de futebol Alexandre Pássaro e o técnico Lisca foram outros a criticarem a decisão da equipe de arbitragem.
— Hoje o jogo foi decidido pelo erro da arbitragem, um impedimento ridículo marcado. Acho que o bandeira foi no protocolo, esperando as linhas, mas acho que tem que rever o protocolo. Porque o bandeira levanta, vamos olhar o lance, e aí prevalece a situação de campo. Totalmente equivocada (a marcação) — reclamou o técnico.
Pássaro afirmou que o Vasco vai à CBF nesta segunda-feira tentar escutar os áudios envolvendo a checagem. O dirigente lembrou o ocorrido contra o Internacional, no Brasileirão 2020, quando as linhas do VAR não puderam ser traçadas para checar um gol do colorado em São Januário.
— Além de a gente errar individualmente, estão errando demais contra nós. Errou contra o São Paulo, errou hoje, errou no ano passado no jogo capital contra o Internacional. Também não teve as linhas traçadas. E agora? — questionou Lisca.
As equipes se enfrentavam pela 37ª rodada, em fevereiro deste ano. Na época, Vasco e Internacional miravam a fuga do rebaixamento e o título, respectivamente. O gol de abertura do placar dos colorados, marcado por Rodrigo Dourado, gerou dúvidas sobre a posição do jogador. Sem a possibilidade de checar com as linhas, foi mantida a decisão de campo, e o Inter acabou vencendo a partida por 2 a 0.
Naquele episódio, a operadora do VAR, a Hawk-Eye atribuiu o problema a uma falha técnica envolvendo o "baixo ângulo das câmeras" e a "sombra se movendo". O Vasco, por sua vez, ingressou com pedido de anulação da partida no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, mas não obteve sucesso.
Naquele campeonato, o cruz-maltino acabou rebaixado com os mesmos 41 pontos do Fortaleza, primeiro time fora do Z4.