Após pedir à CBF, o Vasco levará o debate sobre a exclusão do VAR aos demais clubes da Série B. A direção comandada pelo presidente Jorge Salgado entende que o assunto não é uma exclusividade sua, mas da coletividade da competição. O foco principal da reclamação é o menor número de câmeras usadas pela tecnologia na comparação com a Série A.
O Vasco tratará do tema no Conselho Técnico do torneio marcado para sexta-feira. Será a segunda rodada de análise para o retorno do público aos estádios. Na primeira, uma reunião com clima quente e críticas ao Cruzeiro, a maioria votou para que a torcida só possa a ter acesso quando 80% dos municípios tiveram autorização das autoridades sanitárias.
Na última quarta-feira, o Vasco enviou um ofício à CBF pedindo a exclusão do VAR na competição. A solicitação ocorreu após a linha do impedimento não ser traçada no lance do gol de Daniel Amorim contra o Brasil-RS. Por falta de um melhor ângulo das câmeras, o serviço não funcionou como deveria. E a decisão de campo, que anulou o gol, foi mantida.
Até agora, não houve resposta oficial por parte da CBF. Em nota oficial, o Vasco chegou a dizer que os clubes eram cobaias do VAR na Série B. O ofício vascaíno citou argumentos ao pedido:
As primeiras 19 rodadas da Série B não tiveram o VAR.
Regulamento da Série B não torna o VAR obrigatório. Diz que deve ser implementado quando houver "condições técnicas e materiais".
Na Série A, as partidas costumam ter nove câmeras. Na Série B, em alguns casos, há jogos com cinco câmeras, o que dificulta o ângulo para a linha de impedimento.
O Vasco também ingressou no STJD pedindo a impugnação da partida contra o Brasil-RS. O caso ainda não foi julgado.
O VAR na Série B estreou na primeira rodada do returno. A Sportshub venceu a licitação da CBF ao ofereceu um preço 42% inferior ao praticado pela Hawk-Eye, que tem contrato até 2022 para a Série A e outras competições, como a Copa do Brasil. Segundo o Vasco, na partida contra o Brasil-RS, havia apenas cinco câmeras para o VAR. O mínimo utilizado na Série A é de nove.