O Vasco reencontrou em São Januário seu porto seguro. Após duas vitórias com casa cheia, o aspecto esportivo se juntou ao financeiro, que já pendia a favor do estádio. Com o Maracanã considerado caro, a diretoria já bateu o martelo: não há chance de o time mandar seus jogos fora da Colina neste Brasileiro, por maior que seja o apelo da partida. A exceção pode ser aberta para o Flamengo.
- Os jogos do Vasco serão em São Januário. Se eu tiver um acordo em relação às duas partidas contra o Flamengo, por se tratar de um jogo com um público muito maior, podemos considerar o Maracanã - frisou o presidente Eurico Miranda.
Sem ser contra o arquirrival, a diretoria não deve abrir mão de São Januário e o primeiro motivo é financeiro. Para ter uma ideia, na última rodada da Série B de 2016, contra o Ceará, o Maracanã recebeu 56 mil pessoas. Com o ingresso mais caro, a R$ 30, foram arrecadados R$ 920 mil, mas ainda assim o clube fechou no vermelho: pequeno prejuízo de R$ 6,3 mil.
Já contra o Fluminense, no último sábado, com o ingresso mais caro, a R$ 90, o Vasco arrecadou cerca de R$ 700 mil. A despesa em casa foi bem menor do que a que teria no Maracanã e no fim o clube teve lucro de R$ 361 mil.
Ainda assim, o Vasco poderia apelar para o Maracanã por motivos esportivos. Em 2015, quando caiu, a diretoria levou jogos para o estádio para amenizar a pressão sobre os jogadores, muito grande quando o time atuava na Colina. Este ano, esse não parece ser um problema, já que a torcida demonstrou ter comprado a ideia de apoio.
Uma alternativa que poderia aumentar a arrecadação do clube e a pressão sobre os rivais no estádio seria tentar novamente com o Corpo de Bombeiros autorização para receber 24 mil torcedores, o que foi tentado em 2015, sem sucesso. Entretanto, a capacidade atual, de 21.880, deve seguir até o fim da temporada, pelo menos.