Como o UOL Esporte revelou, mesmo sem autorização da prefeitura e do governo do Estado, o Flamengo treinava em seu CT já na terça-feira, enquanto o presidente Rodolfo Landim e seu colega vascaíno, Alexandre Campello, encontravam Jair Bolsonaro na presidência da República, em Brasília. No dia seguinte, os rubro-negros voltaram a campo no Ninho do Urubu e está programada mais uma atividade para esta quinta-feira. Apesar de parceiros na tentativa de retornar ao futebol o quanto antes, os dois times cariocas têm posturas distintas no que se refere à volta às atividades.
"O Vasco só volta quando for liberado", disse ao blog o presidente Campello. "Eu não misturo política partidária com as ações do clube. Estamos conversando com as autoridades. Quer seja federal ou municipal! E em alto nível. Inclusive com comitê científico destes órgãos", acrescentou o mandatário vascaíno, que é médico. O dirigente defendeu seu direito a uma opinião diferente daquela de quem é contrário ao retorno imediato. "Não fizemos nada de errado. Não colocamos nossos atletas para treinar. Estamos tendo todo o cuidado. Mas temos nosso ponto de vista".
Perguntado sobre o resultado do encontro com Bolsonaro e o que imagina que vá acontecer adiante, Alexandre Campello não entrou em detalhes: "Vou me pronunciar na hora certa. Estou cuidando de assuntos de interesse do Vasco e do futebol e que poderá servir para outros esportes". Sobre o aspecto político do encontro, o presidente do Vasco tentou driblar o viés partidário da reunião: "Ele é o presidente da República e se eu tenho que tratar alguma coisa será com ele. Trataria fosse o Lula, o Fernando Henrique ou a Dilma".
A respeito dos salários em atraso, Alexandre Campello também não deu muitos detalhes, tampouco parecia ter boas notícias: "Estamos trabalhando para resolver, embora as verbas de patrocínio e TV tenham sido suspensas".