Os resultados no Campeonato Brasileirão não são o único problema no Vasco. Com apenas um ponto conquistado em nove disputados, o Cruz-Maltino convive com enormes problemas financeiros, mesmo com a menor folha salarial entre os 12 grandes do país. Falta dinheiro para contratar jogadores e o pior: não há grana para bancar os salários em dia.
O Blog ouviu de um funcionário do Vasco que o elenco não recebe salários há dois meses. Tal questão já havia causado polêmica às vésperas da semifinal do Campeonato Carioca, quando Thiago Galhardo sugeriu uma greve entre os atletas. Na oportunidade, ele queria que o elenco não se concentrasse para o jogo com o Bangu.
A crise financeira tem a ver com a falta de receitas do Vasco e com o compromisso assumido pelo presidente Alexandre Campello de austeridade. No ano passado, o clube conseguiu diminuir sua dívida em R$ 93 milhões.
Sem dinheiro em caixa para pagar salários, o Cruz-Maltino também não consegue se reforçar. A montagem do time para 2019, por exemplo, não custou mais do que R$ 300 mil - Raul Cáceres e Lucas Mineiro, contratados por empréstimo, foram os nomes mais caros.
A folha salarial do Vasco também não chega a R$ 4 milhões por mês, a menor entre todos os grandes de Rio, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O Botafogo é quem mais se aproxima dos valores desembolsados pelo Cruz-Maltino, mas tem um custo um pouco superior.
Para completar, o Vasco ainda não conseguiu encontrar um substituto para Alberto Valentim, demitido após o vice-campeonato carioca. A grana ajuda a explicar a dificuldade: Jorge Jesus, Dorival Júnior e Dunga exigiram salários muito além da capacidade financeira vascaína.