De virtual rebaixado ao alívio de respirar fora da zona de rebaixamento após 18 rodadas. Em menos de dois meses, o Vasco conseguiu mudar suas perspectivas no Campeonato Brasileiro. A situação ainda está longe de ser confortável, mas hoje o clube vislumbra um futuro promissor, sem tanto sofrimento. Fruto de uma arrancada até então improvável.
Com a vitória por 1 a 0 sobre o América-MG, na segunda-feira, o Vasco saiu do Z-4. Ocupa a 15ª colocação, com 26 pontos, à frente de Goiás, Bahia, Santos, América-MG e Coritiba.
O ponto de virada foi em 6 de agosto, na vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio, quando o Vasco entrou em campo com 85% de chances de ser rebaixado e conseguiu interromper uma sequência de quatro derrotas. Desde então, o time venceu cinco de oito jogos, perdeu apenas um (contra o Palmeiras) e tem um aproveitamento de 70,8%, idêntico ao do líder Botafogo durante todo Campeonato Brasileiro.
É um recorte pequeno, mas que ilustra a reação vascaína. Antes do jogo contra o Grêmio, o aproveitamento era de apenas 18% na competição, na pior campanha do Vasco na história do Campeonato Brasileiro. Ou seja, nos últimos oito jogos o Vasco praticamente quadruplicou seu aproveitamento.
Coincidência ou não, a partida diante dos gaúchos em São Januário marcou algumas novidades no Vasco. Foi, por exemplo, a estreia de Vegetti, que entrou no segundo tempo e fez o gol da vitória. O argentino soma seis gols em oito jogos.
O jogo também foi o primeiro de Paulinho como titular. O meio-campista, que havia estreado na rodada anterior no segundo tempo contra o Corinthians, entrou no time e encaixou como uma luva.
O confronto contra o Grêmio foi também o último do Vasco sem torcida como mandante. Desde então o time enfrentou Atlético-MG (Maracanã), Fluminense (Nilton Santos) e Coritiba (São Januário) diante de seu torcedor e venceu os três jogos.