O departamento de marketing do Vasco preparou um estudo para apresentar à diretoria para mostrar o crescimento da receita do clube com a chegada de novos patrocinadores desde 2008. O GLOBOESPORTE.COM teve acesso ao documento que mostra um faturamento de R$ 27 milhões em patrocínios e parceiros em 2010. Pelo estudo, em 2008 a renda seria de apenas R$ 4,5 milhões. Em 2009, de R$ 18 milhões. Um aumento de 501% nos últimos três anos. (confira os gráficos abaixo).
Os dados mostram ainda que permutas com fornecedores diminuiram custos fixos e geraram um lucro de 320%. O faturamento com o licenciamento da marca do Vasco também aumentou bastante nos últimos três anos segundo o estudo. E passou de R$ 353 mil em 2008 para R$ 5,3 milhões em 2010.
Em 2008, as parcerias com o Habib\"s, a construtora MRV e a fornecedora de material esportivo Reebok, rendiam aos cofres do clube a quantia de R$ 4,5 milhões segundo o estudo. No ano seguinte, a chegada da Penalty e da Eletrobras já representaram um crescimento de 275%. O Vasco passou a receber R$ 18 milhões por temporada. Já em 2010, mais duas marcas estamparam suas marcas na camisa: a Ale e o BMG, chegando ao número final de R$ 27 milhões anuais.
Para o diretor executivo de marketing do Vasco, Marcos Blanco, esta evolução mostra que a credibilidade do clube no mercado foi resgatada. Ele reitera que isso foi fundamental para a chegada de novos patrocinadores.
- O mercado hoje vê o Vasco como uma empresa que trabalha sério. Eles sentem confiança e quando chega o primeiro, o segundo vem atrás percebendo que o retorno existe. A pior coisa era a insegurança, mais isso mudou em função de uma sinergia no trabalho dos departamentos do clube. O ambiente de negócios em São Januário está florescendo - explicou.
A afirmação de Marcos Blanco vai de encontro com as outras parcerias firmadas pelo clube. Além de receber o dinheiro líquido através de exposição da marca na camisa, o Vasco buscou diminuir o custo fixo com novos patrocínios. A chegada da Ambev, por exemplo, rendeu uma reforma completa nos vestiários, na sala de imprensa e, em breve, na sala de musculação dos jogadores. Esta área, por sinal, vai ganhar novos aparelhos através de acordo com uma empresa do ramo anunciada esta semana. Já uma parceria com uma empresa de tintas garantiu a pintura da fachada e das arquibancadas de São Januário.
Marcos Blanco afirmou que a medição do lucro se dá em torno justamente da queda dos gastos fixos.
- Com isso potencializamos o poder de investimento. O Vasco virou um bom parceiro comercial e assim diversificamos as frentes de ataque - explicou.
O licenciamento da marca também mostrou evolução. Dentre os projetos já em andamento, um em especial vai fazer com que este número aumente ainda mais. Apresentado no ano passado, o da rede de lojas oficiais \"Gigante da Colina\" vai finalmente sair do papel. Segundo Marcos Blanco, a demora aconteceu por se tratar de um novo tipo de investimento.
- Nenhum investidor sabia se iria dar certo ou não. Então nos movimentamos para abrir a primeira, em Madureira. Vamos ter também uma em Guadalupe e na Ilha do Governador, além de Vitória e Manaus. Fora a Megaloja que já está em construção em São Januário. É tudo a longo prazo, mas os números já mostram a evolução - finalizou.