Vasco enfrenta o Caracas, pela segunda fase da Sul-Americana, escorado em bons retrospectos, tanto do time quanto de seu treinador. Depois da vitória por 1 a 0 na partida de ida, em São Januário, basta um empate nesta quarta-feira, às 21h30, para que a equipe carioca saia da capital venezuelana classificada para as oitavas de final. O histórico vascaíno deixa o torcedor um pouco mais confiante.
Em sete partidas oficiais contra equipes da Venezuela em sua história, o Vasco tem nada menos que seis vitórias e um empate. Antes do duelo no jogo de ida com o Caracas, o time da Colina encarou Deportivo Galícia e Deportivo Tachira, pela Libertadores de 1980, e novamente o Tachira na Libertaadores de 2001.
O torcedor mais pessimista pode pensar que os tempos são outros — nem o Vasco é tão forte quanto antigamente e nem o futebol venezuelano é tão fraco quanto décadas atrás. Pode até ser, mas há outro componente que reforça a ideia de classificação vascaína.
Trata-se do técnico Ricardo Sá Pinto. O treinador tem no currículo bons resultados em competições no mesmo formato da Sul-Americana, de jogos de mata-mata. Foi assim que ele conquistou o único título da carreira, a Copa da Bélgica com o Standard de Liège, em 2018.
Suas campanhas de maior destaque também ocorreram em competições desse tipo: em 2012, à frente do Sporting, foi finalista da Taça de Portugal e semifinalista da Liga Europa.
Na competição, análoga à Sul-Americana no Velho Continente, o aproveitamento de Ricardo Sá Pinto é positivo: nove vitórias, sete empates e seis derrotas.
Para levantar o moral do grupo, em colocação preocupante no Brasileiro — o Vasco é o 16º —, o treinador conta com a classificação diante do Caracas. Os obstáculos mais preocupantes parecem ser internos e não externos. O time segue sem Cano, lesionado, e pode não ter também Talles Magno, que tenta se recuperar de um trauma na bacia. Guilherme Parede, que poderia substituí-lo, teve o contrato rescindido e está de volta ao Talleres, da Argentina.