Atualmente na zona de rebaixamento para série B do Brasileiro em 2009, o Vasco, quem diria, já teve o ataque mais positivo do Nacional, com 30 gols. A lembrança se deve aos 6 a 1 sobre o Atlético/MG, em São Januário, pela 16ª rodada. A partida, inclusive, marcou a segunda maior goleada do campeonato.
A atual situação da equipe carioca, porém, mudou bastante. Dez rodadas se passaram e, hoje, a equipe do Vasco é a que mais carece de jogadas que terminem em finalizações ao gol adversário. Nem mesmo o América-RN enquanto estava na Série A, ano passado, criou tão pouco: em 38 jogos, o time potiguar venceu apenas quatro vezes, mas arriscou 11,6 chutes a cada rodada. O time do técnico Tita, até o momento, tem média de 10,8.
O São Caetano, vice-lanterna em 2006, criava na média 12,3 arremates contra o gol, e o Corinthians, outro rebaixado em 2007, teve 14,1 finalizações em média.
Boa parte do problema vascaíno está associado ao fraco rendimento em cruzamentos, forma muito utilizada pelo líder Grêmio e pelo Botafogo, por exemplo, em busca do gol. Aliás, o rival alvinegro acerta exatamente o dobro das 74 bolas alçadas pelos cruzmaltinos na área adversária.
A grande ironia é que o Vasco dispõe do atacante Leandro Amaral, jogador que mais chutes acertou no ano passado (62) e Edmundo, o terceiro maior artilheiro da história do Brasileirão, atrás apenas de Romário e do presidente Roberto Dinamite, do Vasco da Gama.
Por outro lado, se o Vasco finaliza pouco, ainda assim está entre os melhores ataque (atualmente é o quinto). Ou seja, a mira dos vascaínos está boa, só falta arriscar mais os chutes para tentar tirar o clube da zona de perigo.
Veja os números do Vasco comparados com algumas equipes rebaixadas nós últimos anos:
Clube Posição na tabela Média de finalizações Aproveitamento
São Caetano 19° (2006) 12,3 38,8%
Fortaleza 18° (2006) 14,9 35%
América 20° (2007) 11,6 34,6%
Corinthians 17° (2007) 14,1 33,8%
Vasco Da Gama 17° (2008) 10,8 43%
Nota do SuperVasco.com: O que talvez tenha passado despercebido pelo autor da reortagem é que isso, longe de ser um problema, é motivo de orgulho para os vascaínos.
Se mesmo sendo o que menos finaliza, o Vasco tem um dos melhores ataques da competição, é (ou deveria ser) fácil deduzir que o ataque do Vasco é um dos mais efetivos.