A equação de levar uma partida para o Maracanã nunca é tão simples quanto parece à primeira vista. O Vasco apostou em casa cheia na partida contra o ABC, emplacou 29.903 pagantes e levou prejuízo. De acordo com o borderô do jogo, exatos R$ 143.200,49.
Em compensação, quando joga em São Januário, com casa cheia, garante lucro. Pequeno, mas a conta fecha no azul. Contra o Bangu, foram 17.790 pagantes. No fim das contas, o clube levou para casa R$ 100.188,00, lembrando que o clube de Moça Bonita levou a mesma quantia, uma vez que no Estadual o visitante tem direito a metade da receita líquida.
O clube fez campanha nas redes sociais na tentativa de levar 60 mil torcedores ao Maracanã. Não conseguiu e ao ver o andamento da venda inferior ao esperado, optou por fechar setores do estádio, uma alternativa para tentar reduzir gastos e, consequentemente, o prejuízo.
Contribuiu para a presença inferior ao esperado do vascaíno a atuação ruim do time no jogo do fim de semana, contra o Resende, pelo Campeonato Estadual.
O que justifica o contraste nos resultados financeiros do Vasco em São Januário e no Maracanã é o famoso alto custo do estádio que foi palco de duas finais de Copa do Mundo. Para jogar em casa, o clube gastou contra o Bangu R$ 456.258,01. Contra o Flamengo, R$ 1.260.232,49.
O Maracanã reserva para o clube de São Januário gastos que não existem em São Januário, como despesas com sócio torcedor e camarotes promocionais - os dois somados chegam a quase R$ 400 mil. Mas a grande diferença está no custo operacional. Enquanto que a Colina cobra do clube cerca de R$ 186 mil, o Maracanã pede aproximadamente R$ 434 mil.