A decisão judicial que determinou a interrupção do processo de criação e venda da SAF do Vasco para a 777 Partners e o acesso, por parte do sócio, ao contrato assinado entre clube e grupo americano vai atrasar a previsão anterior da diretoria para finalizar o negócio, é o que acredita o cruz-maltino.
Inicialmente, o Vasco trabalhava com a hipótese de conseguir convocar a Assembleia Geral Extraordinária para o próximo dia 30. Proibido de seguir com as etapas do rito, como a convocação e a realização de novas sessões no Conselho Deliberativo, além da própria convocação da AGE, o clube vê a data como inviável.
O departamento jurídico do clube já trabalha na elaboração do recurso para tentar derrubar a liminar, mas até o começo desta sexta-feira, o Vasco não tinha sido notificado. O cruz-maltino precisa esperar a notificação para dar entrada com o recurso, o que pode acontecer, no cenário mais próximo, na segunda-feira.
Em seguida, o clube terá de esperar a Justiça aceitar ou não o recurso sobre a liminar. Em caso positivo, deverá dar continuidade ao rito para a venda da SAF para a 777 Partners.
Receio de perder a janela
Com o atraso, o Vasco teme que a SAF seja concluída com pouco tempo para a 777 aproveitar a janela de transferências que vai se abrir na próxima segunda-feira, durando até o dia 15 de agosto. A ideia era finalizar o processo a tempo de o grupo americano ter condições de ir ao mercado atrás de reforços para o time para o restante da Série B.
O clube tem mantido contato constante com os executivos da 777 para explicar o problema na Justiça. A hipótese de Vasco e grupo americano acatarem a decisão da liminar e abrir o contrato assinado entre as partes para o quadro social está descartada.