O Vasco tenta administrar internamente o problema de atraso de salários, potencializado com a paralisação do futebol por causa da pandemia do novo coronavírus. A pendência com os jogadores é grande: os meses de janeiro, fevereiro e março não foram pagos.
Responsáveis mais diretamente pelo departamento de futebol, o presidente Alexandre Campello, o vice-presidente de futebol José Luiz Moreira e o diretor de futebol André Mazzuco têm conversado com alguns jogadores para tratar do tema. Entre as lideranças do elenco, estão o goleiro Fernando Miguel e o zagueiro Leandro Castan.
O clube tem evitado gerar falsas esperanças e não crava um dia para que ao menos parte da dívida possa ser paga. A promessa, nas conversas, é de que assim que o Vasco tiver a entrada de uma nova receita, o dinheiro será usado para amenizar as dívidas com os funcionários.
Por causa do passivo considerável com o elenco, a diretoria nem cogitou conversar com os jogadores a respeito de uma possível redução salarial durante o período em que o futebol está parado. No futebol do Rio, o Fluminense conseguiu um acordo com os jogadores por causa da pandemia.
Sem jogar, o Vasco sofre com um efeito cascata: além de não ter a receita com bilheteria e direitos de transmissão dos jogos, vislumbra a possibilidade de patrocinadores rescindirem contrato. No fim de março, o Azeite Royal anunciou fim do patrocínio, tanto o do Cruz-maltino, quanto os de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Maracanã. Atualmente, o Vasco tem cinco marcas fixas na camisa: Havan, do Banco BMG, da Tiim, do site Netbet e da Konami.