O Vasco está em compasso de espera. Já está nas mãos da Justiça a ação do Sindicato dos Empregados em Clubes do Estado do Rio que tenta derrubar o recurso da Caixa Econômica Federal. O banco estatal conseguiu reverter a decisão que o obrigava a depositar em juízo cerca de R$ 5 milhões para o pagamento de salários atrasados do clube de São Januário. Agora a expectativa é de que nessa semana uma nova reviravolta saia a favor do Sindeclubes.
O departamento jurídico do cruz-maltino acompanha atentamente o caso e presta assessoria aos advogados do sindicato quando é necessário. As partes não acreditavam que a estatal fosse ir ao Tribunal de Justiça recorrer da ordem, uma vez que o valor é referente a última parcela do patrocínio da Caixa ao clube de São Januário, encerrado em 2017. Tanto que já havia comunicado aos jogadores que o dinheiro serviria para amenizar a dívida.
Entretanto, a Caixa resolver fazer jogo duro, alegando o descumprimento por parte do Vasco de uma série de cláusulas contratuais para o não depósito do valor. Desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência da República que o banco encerrou os patrocínios aos clubes e endureceu a relação.
Enquanto a disputa judicial entre o banco e o sindicato se prolonga, o Vasco tem duas receitas a caminho. Os repasses dos direitos de transmissão referentes às classificações na Copa do Brasil e na Sul-Americana, no total de R$ 2,9 milhões, ainda não aconteceram. Tanto CBF quanto Conmebol possuem 30 dias para fazerem a transferência dos valores, contados a partir do dia em que a equipe jogou.
A dívida do Vasco com os jogadores é pesada — os salários de dezembro, janeiro, férias, parte do 13º salário e cinco meses de direitos de imagem. A carga é tão grande que os jogadores optaram por não atenderem mais a imprensa como forma de protesto. O compromisso dos jogadores com treinos e concentrações segue o mesmo, de acordo com o diretor de futebol André Mazzuco, que confirmou o protesto na última quarta-feira.