O Vasco não consegue respirar quando se trata da crise financeira que assola São Januário nos últimos dois anos. A administração Roberto Dinamite sofre para quitar salários de jogadores e funcionários e já cogita uma redução de até R$ 2 milhões na folha do futebol para 2014.
A diretoria conseguiu pagar o salário de outubro no último final de semana apenas por conta da entrada dos R$ 3,2 milhões da venda de Marlone nos cofres. O clube ainda precisou quitar outras dívidas com funcionários, mas segue devendo o mês de novembro, 13º salário e premiações.
O clima é delicado nos bastidores pelos intensos confrontos políticos e condições desfavoráveis no que envolve a entrada de novas receitas. O clube espera ter acesso ao segundo lote do patrocínio da Caixa Econômica Federal durante a semana para tentar quitar mais um mês de salários.
Para melhorar a condição dos cofres, a diretoria planeja colocar em prática até o final de janeiro a redução da folha salarial, principalmente no que diz respeito ao elenco profissional de futebol. O departamento custa quase R$ 4,5 milhões ao mês e precisa ter o valor reduzido para pelo menos R$ 3 milhões.
Porém, já se discute uma redução de até R$ 2 milhões, o que faria a folha do futebol girar em torno dos R$ 2,5 milhões. A meta será alcançada com a saída de jogadores em término de contrato, empréstimos e política de "pés no chão" para reformular o elenco sem ultrapassar as posses do clube.
Com dificuldades para receber cotas de patrocinadores e após o rompimento do contrato com a Nissan - menos R$ 21 milhões nos cofres até 2017-, o Cruzmaltino trabalha para evitar novos problemas financeiros e reconhece internamente não ter solução para o caso. Por isso, o corte de gastos precisa ser colocado em prática.