O Vasco não desistiu de conseguir o empréstimo de R$ 31 milhões. A diretoria se movimenta para recuperar a garantia dos direitos de transmissão de televisão, perdida após a anulação da eleição do clube.
Há esperança de que o clube consiga ter novamente a garantia, embora se reconheça que é algo difícil. A notícia foi recebida pela diretoria duas horas antes da reunião do Conselho Deliberativo de sexta-feira. O presidente Alexandre Campello revelou o problema durante discurso, e Julio Brant se ofereceu para tentar ajudar na questão.
- Estávamos conversando, negociando esse empréstimo que seria concretizado na segunda-feira com o dinheiro saindo até sexta, com o clube podendo manter seu cronograma de pagamento, sua responsabilidade com pagamento de salários e acordos - lamentou Campello, após a reunião.
O empréstimo havia sido aprovado no dia 21 de setembro pelo Conselho Deliberativo. Depois disso, a diretoria fechava os últimos detalhes, como a taxa de juros, e esperava conseguir assinar a operação na próxima segunda-feira.
A expectativa era de receber o dinheiro na próxima sexta-feira e, com ele, pagar o salário de setembro dos jogadores e dos funcionários que recebem mais de R$ 4 mil por mês. Agora, será necessário buscar alternativas.
- Vamos tentar reverter de alguma forma. A liminar (da Justiça, que anula a eleição) atrapalha demais. Mesmo com ela, temos pensado em como agir para não parar a vida financeira do clube. Temos outras ofertas de crédito, mas a mais eficaz e imediata de recursos era o empréstimo - explicou Adriano Mendes, vice-presidente de Controladoria do Vasco.
Fundo de investimento não é imediato
Outra opção de recursos, o fundo de investimentos apresentado por Julio Brant na reunião do Conselho Deliberativo deve levar tempo para ser confirmado.
A expectativa é de que o processo leve cerca de seis meses - neste tempo, o fundo vai avaliar o Vasco para formalizar uma proposta, que ainda será discutida pela diretoria e pelos conselheiros. Os valores giram entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões.