Futebol

Vasco tenta superar dificuldades para conseguir boa sequência

As 18 finalizações diante do Cruzeiro contrastaram com a má atuação do Vasco na derrota por 2 a 1. Apesar de Marcelo Cabo ter citado o alto número de conclusões a gol no Mineirão - o maior do time até agora em um jogo de Série B -, foram poucos os lances que de fato levaram perigo à meta defendida por Fábio. O pouco poder de fogo contrasta mais uma vez com um momento de pressão por resultados.

No domingo, o time de São Januário receberá o Brusque, às 21h, em mais uma tentativa de engrenar na competição e se aproximar do G-4. Por ora, em seis rodadas disputadas, o Vasco é o 11º colocado, com sete pontos, e tem o oitavo ataque mais positivo da competição, com sete gols marcados.

- No domingo é jogo-chave para mostrar como será o nosso campeonato daqui para frente - resumiu o diretor executivo Alexandre Pássaro.

Fora o gol de Morato, em uma jogada trabalhada pela direita, o time de Cabo só ameaçou o Cruzeiro em chutes e em bolas alçadas na área. Não à toa o treinador, desde o começo da principal competição da temporada, mexeu em todas as peças do meio e do ataque à exceção de duas figuras: Marquinhos Gabriel e Cano.

Mesmo que o meia seja o principal articular da equipe no ano (três assistências) e o atacante o artilheiro (10 gols), a produção geral é pobre. A forma de jogar que deu esperança no Carioca se perdeu e, repetidamente, em momentos de dificuldade, Cabo lança a mesma alternativa: Daniel Amorim entra para receber cruzamentos pelo alto.

Resultado: o clube que iniciou a Série B como um dos favoritos não consegue ser protagonista. No último jogo em casa, porém, deu resposta ao entrar em campo pressionado. Venceu o CRB por 3 a 0. A mesma situação se desenha agora diante do Brusque. Caso o resultado positivo não seja alcançado, o trabalho do treinador voltará a sofrer contestações externas.

Na formação do elenco pela direção, apenas Marquinhos Gabriel e Sarrafiore são meias na essência da palavra. Outros atletas podem fazer a função. Antes de mudar o esquema, Cabo tentava fazer com que os atacantes de lado ajudassem na articulação ofensiva, algo que não surtiu muito efeito (veja números acima do Espião Estatístico).

Uma das principais queixas da torcida é sobre a falta de poder de fogo do ataque. Dos 10 gols no ano, Cano fez apenas dois na Série B, a mesma quantidade de Morato. Muitas vezes ele é pouco acionado nos jogos, porém é quem mais conclui a gol no Vasco: são 16 tentativas no total.

Nas mesmas seis rodadas da Série B, o Vasco totaliza 75 finalizações. Média de 12,5 por jogo. Entretanto, o número de finalizações certas é de 28: o que corresponde a uma média de 4,67 por jogo e a nona posição entre os 20 times da competição.

Fonte: ge
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