Com o alto clero vascaíno presente, além do presidente da estatal e de um dos executivos da Penalty, o Vasco de uma vez só fechou a negociação e ainda apresentou o novo uniforme, que foi exibido pelos jogadores Carlos Alberto, Ramon e Tiago.
A urgência em fechar o patrocínio fez com que a diretoria escolhesse um horário complicado para que os torcedores pudessem prestigiar o evento, 17h. Mesmo assim cerca de 600 vascaínos lotaram as cadeiras sociais de frente para a tribuna de honra e comemoram como um gol a assinatura do contrato de patrocínio que vai render aos cofres do clube R$ 14 milhões anuais. Após a publicação da parceria no Diário Oficial, o clube só irá precisar apresentar o recibo para poder receber em até 48 horas a metade da verba, R$ 7 milhões.
O restante será pago em seis meses, após a diretoria apresentar todas as certidões de débitos negativas com os órgão federais.
A cerimônia teve momentos inusitados. Em um deles, o presidente da Eletrobrás, um rubro-negro confesso, recebeu das mãos de Dinamite a nova camisa do clube e para a surpresa de todos atendeu o pedido dos torcedores para vesti-la.
Ovacionado, o presidente da Eletrobrás, José Antônio Muniz Lopes, se empolgou e ainda beijou o escudo cruzmaltino durante a festa.
Com esta emoção vou virar vascaíno disse, bem-humorado.
Mais tarde, Muniz explicou o surpreendente gesto.
Eu antes de tudo sou um soldado do sistema Eletrobrás e essa missão foi muito fácil contou ele, com um largo sorriso no rosto. Este tempo de espera foi mudando meu coração de tal forma que... Não tenho coração de mãe, mas cabem os dois.
Fernandão emocionado
Durante a cerimônia, um dos mais emocionados foi o colaborador Fernandão, um dos maiores responsáveis pela aprovação do patrocínio.
Caberá ao ex-craque do vôlei, agora, fiscalizar todas as ações do uso da verba
da estatal.
Vou trabalhar no cumprimento do contrato. Não vou ingerir na contratação de
jogadores. Vou cuidar para que o dinheiro da estatal seja aplicado corretamente.
Dos R$ 14 milhões anuais, R$ 1,3 milhão será destinado de forma fracionada a outros esportes.
Os esportes olímpicos recebem R$ 450 mil, R$ 400 mil vão para o remo, R$ 150 mil para esportes paraolímpicos. E o restante, R$ 330 mil, será aplicado em projetos de responsabilidades sociais, envolvendo a comunidade da Barreira.
Fernandão conta que a ideia é envolver toda a comunidade que cerca o clube. Em um dos projetos citados por ele, as mulheres serão o alvo principal.
No projeto Mão na Massa, elas vão aprender com técnicos a fazer pequenos reparos e um pouco de construção garantiu o dirigente, que destacou também o programa Escolinha Social que irá priorizar as crianças carentes.
Outra projeto que será criado prevê o uso de placas solares para economizar energia elétrica. Assim a piscina do clube passaria a ser aquecida.