O termo planejamento, em voga no futebol, tornou-se equivocadamente um clichê pejorativo até mesmo na boca de torcedores que mal conhecem seu verdadeiro significado.
Dia desses arbitrei uma discussão entre dois torcedores e um deles argumentava que, se planejamento ganhasse campeonato, o Flamengo não teria conquistado seu sexto título brasileiro.
Verdade e mentira numa só sentença.
O Flamengo não se planejou para ganhar o Brasileiro de 2009, é verdade.
Mas não dá para dizer que falta planejamento a um clube que desde 2005 mantém sua base, renovando por quatro anos os contratos de seus principais jogadores.
Pois vejam agora o caso do Vasco.
O que se faz no time de cima, aos olhos do grande público, é a busca de um time razoável, que possa ser completado mais à frente com um ou outro nome de peso.
Mas na base a renovação é intensa, com a contratação de novos observadores técnicos com raio de atuação em várias praças do país.
Para garenciá-los, o Vasco tirou do Grêmio o coordenador Juarez Fischer, peça-chave neste trabalho.
No Olímpico, atribui-se a ele a revelação do goleiro Cássio, do lateral Felipe Matione, do volante Lucas, do meia Carlos Eduardo e do atacante Anderson, todos já negociados e que geraram para o clube algo próximo a 25 milhões de euros.
Ou seja: planejar é projetar o amanhã _ basta agora zelar para que possíveis tropeços no campo de jogo não estraguem as sementes plantadas.