Pelos próximos 25 dias, o Vasco - e nenhum outro clube brasileiro - não entrará em campo para disputar partidas oficiais. O tempo sem jogos, contudo, não será de imobilismo em São Januário. Muito pelo contrário, na visão de dirigentes, treinador e jogadores, a hora é de mudanças.
Dentro de campo, o Vasco chega à pausa no Campeonato Brasileiro ocupando a metade de cima da tabela de classificação, posição para lá de positiva tendo em vista o desempenho pífio, na definição do técnico Paulo Autuori, obtido na Ta&cc edil;a Rio.
Apesar da melhora, time e torcida ainda não se contentaram com os sete pontos e a nona colocação obtida. De acordo com o treinador Paulo Autuori , as três semanas seguintes serão de atividades intensas e reestruturação não só no elenco de jogadores.
\"Agora temos que aproveitar essa parada para organizar tudo, dentro e fora de campo e continuar nossa campanha no Campeonato Brasileiro\", decretou Autuori, que tem cobrado sistematicamente o acerto dos salários atrasados dos atletas, atualmente em dois meses.
A visão de Autuori é compartilhada por um de seus comandados, Dakson. Para o meia do Vasco, que vem se destacando na equipe, o Gigante da Colina segue em formação, mas já está no rumo certo para melhores resultados e vai aproveitar o período sem jogos para se desenvolver ainda mais.
\"O time vem melhorand o a cada partida. Estamos bem. Essa pausa vai servir para continuarmos trabalhando. Vai nos ajudar a seguir melhorando\", pontuou o armador, que já marcou três gols nesta temporada.
Fora de campo, patrocínios podem resolver
Mesmo sabendo do crescimento recente da equipe, a diretoria do Vasco vem se movimentando para buscar reforços no mercado e alguns nomes já podem pintar esta semana. Após acertar com o zagueiro do Ceará Rafael Vaz, em negociação que se arrastou por longas semanas devido a falta de pagamentos por parte do clube carioca, o Vasco espera anunciar o meia Montoya e o atacante Reginaldo, do Siena-ITA, nos próximos dias.
Além das contratações, o saneamento das finanças cruz-maltinas será outro fator atacado pela diretoria nos dias que virão. Negociando com um grupo de empresas, o Vasco vem costurando acordos com a Uni&atild e;o para renegociar suas dívidas e obter as Certidões Negativas de Débito (CNDs), que trariam credibilidade e a chance de o clube assinar com empresas estatais como a Caixa Econômica Federal, que teria uma proposta de R$ 20 milhões na mesa.
O acerto com novos patrocinadores, situação cada vez mais real em São Januário, faria o clube, hoje de mãos atadas e cercado por cobranças judiciais e penhoras, respirar financeiramente, quitar seus débitos com jogadores e funcionários e, enfim, seguir tranquilo em direção a novos tempos, com disputa de títulos e dinheiro no bolso.