A difícil relação com Nenê nos bastidores do Vasco ganhou novo capítulo. Após alegar ter propostas para ser negociado e ser afastado, o apoiador não apresentou as ofertas e acabou reintegrado ao elenco. No último domingo, ficou no banco de reservas. Foi o suficiente para o torcedor mostrar em que lado está.
Logo aos 19min, os vascaínos gritaram pela primeira vez o nome de Nenê, o que se repetiu aos 38min do primeiro tempo. Na saída e na volta do intervalo? A mesma coisa. Foi o suficiente para Milton Mendes chamar o jogador para delírio da torcida em Volta Redonda logo aos 8min da etapa complementar.
Em campo, Nenê fez o que sabe. Toques de qualidade, quebra de marcação com drible e, claro, uma bola parada decisiva. O Palmeiras saiu na frente, mas Nenê foi fundamental para o empate. Ele cobrou escanteio na primeira trave, Jean desviou e Manga Escobar completou para as redes.
Pode parecer pouco, mas o Vasco não fazia um gol há três jogos. A última vez que havia balançado as redes de um adversário foi na vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG no Independência, no dia 23 de julho.
"Minha confiança sempre foi grande por ele. Estamos falando em termos de grupo. Trabalhamos por meritocracia, e, como ele ficou um tempo fora, automaticamente acabou perdendo espaço. Mas o seu treinador, Milton Mendes, entendeu que era o momento de ele entrar, porque havia espaço para ele no meio de campo. Tanto é que ele teve chance de fazer gol. Ele fez coisas boas. Tivemos três meias, ele, o Wagner e o Mateus. Só o Escudero que ficou fora, mas todos são importantes. Não temos que avaliar só o rendimento, porque estamos em um grupo. Ninguém pode se sentir injustiçado", disse Milton Mendes.
No meio da semana, no entanto, Milton Mendes havia comentado pela primeira vez a reintegração de Nenê após o afastamento e deixou claro que o jogador havia perdido espaço. O problema é que a reação da torcida e a necessidade da equipe deixam o treinador bastante pressionado.