Há um ano, o Vasco e a SAF 777 Partners finalizavam a compra e venda de 70% das ações do clube. O negócio possibilitou que o time voltasse a ter força no mercado e conseguisse adquirir jogadores importantes na temporada — Vegetti, Medel, Payet, Puma Rodríguez, Praxedes e Paulinho Paula são hoje peças fundamentais no time comandado pelo argentino Ramón Díaz. Nesta quinta-feira, é o prazo máximo para a empresa concluir o aporte financeiro no cruz-maltino, e caso isso não ocorra, o Vasco pode retomar o controle do futebol. Entenda os trâmites.
Qual foi o acordo entre a 777 e o Vasco?
Em 2 de agosto de 2022, Vasco e 777 Partners assinaram o acordo de compromisso, e a empresa adquiriu a 70% da SAF do clube pelo valor de R$ 700 milhões. Dois dias depois, as negociações sobre o pagamento foram concluídas: a empresa teria o prazo de até um ano para realizar um complemento do primeiro aporte, no valor de R$ 120 milhões. Neste perído, a 777 já fez um adiantamento de uma quantia de cerca de R$ 15 milhões para realizar contratações para a equipe, o que fez o time voltar a ter uma vida útil neste Brasileirão. Assim, faltam cerca de R$ 100 milhões a serem destinados para os cofres do cruz-maltino.
O dinheiro foi pago?
Até a quarta-feira, 4 de outubro, os R$ 100 milhões restantes ainda não foram pagos. Além do prazo de um ano, que se encerrou em 4 de setembro de 2023, há uma cláusula que prevê uma carência de até trinta dias para que o aporte seja concluído. Ou seja, esta quinta-feira é a chance final da 777 realizar o depósito e honrar o compromisso assinado no momento de compra da empresa — acrescido dos juros por não ter feito o pagamento dentro do prazo.
O que acontece se a 777 não pagar?
Neste caso, o Vasco pode acionar uma cláusula para efetuar a compra de 51% das ações pelo valor simbólico de R$ 1 mil. Assim, o cruz-maltino voltaria a ser o acionista majoritário, com 81% das ações do clube, e poderia voltar a exercer o controle sobre a equipe.
O Vasco vai voltar a ter o controle do futebol?
Caso o Vasco acione esta cláusula, a 777 novamente teria um prazo de um mês, que se encerra em 5 de novembro, para realizar o pagamento e reaver as ações. Se a data passar e o aporte não for realizado, então sim, o cruz-maltino voltará a ter em definitivo 81% das ações da empresa e se tornar o sócio majoritário. Assim, a empresa manteria 19% das ações, pelo pagamento inicial realizado de R$ 190 milhões. A expectativa é de que a empresa formalize as questões o mais rápido possível para que o trabalho possa ser continuado.