A classificação do Vasco na Copa Sul-Americana não teve só festa. O goleiro Alexander foi vítima de racismo por parte da torcida boliviana durante o empate por 0 a 0 com o Oriente Petrolero, e o zagueiro Ricardo Graça chegou a tomar cartão amarelo por sair em defesa do companheiro. O novo episódio de preconceito foi tema do Redação SporTV desta segunda-feira (veja no vídeo acima):
– Está ficando embaraçoso, no mínimo, ficando constrangedor o fato de o ofendido que é punido. A gente teve o caso do Taison, que se revoltou, chutou a bola na direção da arquibancada e tomou cartão amarelo. O Marega (do Porto) tomou amarelo porque pegou uma cadeira que foi atirada ao campo e botou em cima da cabeça. E agora o Ricardo Graça é advertido por defender o Alexander, que também estava sendo xingado – criticou Marcelo Barreto.
O apresentador acredita que a Fifa está diante de um dilema e abriu debate sobre possíveis soluções:
– A Fifa está preocupada com isso. Há muito tempo faz campanha contra o racismo, criou um protocolo para interrupção de partida, não só com ofensas racistas como homofóbicas, mas eu acho que a Fifa está diante de um dilema que precisa ser resolvido. Não sei se precisa de uma orientação diferente para a arbitragem, se precisa que o delegado do jogo assuma um papel mais determinante disso de chamar o árbitro e dizer: "Olha, o cara está sendo ofendido". Esse jogador não pode ser punido porque fica ruim para a imagem do futebol – argumentou Barreto.
– Que a segurança dos estádios seja mais efetiva. Porque por exemplo ficou claro ali, a gente viu a identificação. Não tem rosto coberto, não tem ninguém se escondendo, deu para ver claramente quem se manifestou. Acho que a Fifa tem que criar um protocolo para esse tipo de situação. Parar o jogo e, se a pessoa for identificada, a segurança ou a polícia retira do estádio – sugeriu Francisco Aiello, convidado do programa nesta segunda-feira.