"Vascos" se unem por uma mesma causa

No momento mais dramático de sua história, o Vasco busca união para vencer o Coritiba neste domingo, às 17h, no Couto Pereira, e escapar do rebaixamento. E justamente na capital paranaense a missão de unir todos os vascaínos encontra eco. Fundado em 1932, o Vasco da Gama Futebol Clube, de Curitiba, tem como presidente também um Roberto, ex-jogador do clube. Não o Dinamite, mas Roberto Gomes.

Torcedor do Vasco tanto quanto do Coxa, ele irá deixar de lado a tradicional torcida pelo empate no confronto para inflar o peito e vestir a camisa cruzmaltina. Camisa, aliás, que ele vestiu e foi artilheiro até 1989. Depois, assumiu a presidência do clube, em 2002. De lá para cá, luta para manter em atividade o clube que nasceu graças ao homônimo famoso no Rio. Em 1932, cinco jovens pensaram em fundar um clube para disputar a liga amadora.

Como um dos rapazes era sobrinho de um dirigente do Vasco original, optou-se pelo nome de Vasco da Gama depois de muita discussão.

– Havia a opção de o nome ser Cruz-de-Malta, apenas uma homenagem. Mas bateram na mesa para ser Vasco da Gama e foi aprovado – disse Roberto Gomes.

Os clubes nunca se enfrentaram, nem mesmo em amistoso. Afinal, o Vasquinho de Curitiba, como é carinhosamente chamado, participa da Liga Especial de Amadores da capital paranaense. Nenhum jogador treina nem recebe. Simplesmente aparece no dia das partidas.

Natural de Curitiba, o presidente Roberto Gomes estará com o coração apertado. Mas garante que, pelo menos hoje, deixará a imparcialidade de lado e escolherá um lado para torcer.

– É meio complicado. Sou vascaíno roxo e Coxa roxo. Pela situação atual, meu Coxinha poderia dar uma força para o Vasco se salvar logo – afirmou Roberto.

Ao lado do presidente do Vasquinho estarão outros mais de 10 milhões de cruzmaltinos hoje. Todos com a certeza de que qualquer vascaíno, por menos próximo que seja, terá de estar junto contra o Coritiba.