Futebol

'Vegetti desequilibra um confronto de pouco controle'

O que difere um jogo bom de um jogo movimentado? A vitória de virada do Vasco sobre o Santos por 2x1, em São Januário, pode ser didática para explicar a questão. A falta de capacidade para controlar o adversário, algo presente nos dois times, gerou uma partida repleta de transformações e reviravoltas. Melhor para o Gigante da Colina, que pôde contar com seu homem mais decisivo em ótima noite.

Vegetti fez o gol da vitória, aproveitando bela falta cobrada por Payet, mas também serviu o português Nuno Moreira quando o Peixe vencia o duelo. O Santos pareceu distante de apresentar uma identidade de jogo. Não sustentou o bom momento ao abrir o placar e não teve uma marcação tão eficaz ao tentar proteger o resultado.

Escalações

Fabio Carille confirmou as escalações de Lemos e Garré no time titular. No meio-campo, optou por Paulinho para compor o setor com Hugo Moura e Coutinho. Já Pedro Caixinha não teve Neymar e Soteldo. Barreal e Rollheiser foram escolhidos para formar o quarteto ofensivo com Guilherme e Tiquinho Soares.

O jogo

A vitória parcial do Peixe em São Januário não representou necessariamente o retrato da total superioridade de um time sobre o outro, mas sim quem teve mais tranquilidade para aproveitar as chances que surgiram, além de deixar claro qual foi a área menos protegida do duelo. O Vasco até teve alguns bons momentos ofensivos, mas basicamente entregou um gol ao Santos.

Paulinho errou um passe, mesmo sem ser pressionado, e deu a bola nos pés de Tiquinho Soares aos 20 minutos. João Victor demorou a fechar a linha de passe para o argentino Barreal, e o meia bateu de cavadinha na saída de Léo Jardim para abrir o placar. Foi uma das primeiras vezes que o Vasco tentou avançar com passes curtos diante de uma pressão - não tão intensa - que o Santos tentou fazer.

Anteriormente havia feito lançamentos para Vegetti escorar e o time trocar passes no campo rival na sequência. Coutinho era participativo. Contava com constantes flutuações de Garré e Nuno Moreira a partir dos lados para trocar passes na faixa central. Lucas Piton era agressivo pela esquerda. Paulo Henrique mais comedido pela direita.

O Cruzmaltino conseguiu boas conexões pelo meio, mas pecou por ter pouca profundidade pela direita e por ocupar a área com poucos jogadores. A melhor chance veio justamente em uma das raras vezes que Nuno Moreira invadiu a área após tabelar com Hugo Moura. Zé Ivaldo impediu o gol. O Alvinegro Praiano cometeu menos erros em seu sistema defensivo, e teve agressividade pelos dois lados.

Escobar, além de marcar bem, avançou com ímpeto em diversos momentos. Mais liberado para atacar pelo corredor, em virtude das flutuações de Rollheiser, JP Chermont também esteve agressivo. Chegou a finalizar de dentro da área. Gabriel Bontempo foi outra peça importante para dar verticalidade ao Santos, seja em transições rápidas ou fazendo o time ''andar'' em fase ofensiva.

Tiquinho fez bons pivôs fora da área para colocar o Peixe no campo de ataque, e distribuiu passes precisos na sequência. Barreal, além do gol, ofereceu cadência para controlar as ações. O Santos não conseguiu esse domínio o tempo todo, longe disso. Nos últimos 15 minutos do 1º tempo ficou acuado no próprio campo, mas não correu risco de sofrer o empate no período.

A torcida do Vasco se irritou com o cenário antes mesmo do intervalo e chegou a xingar o técnico Fábio Carille. A ansiedade nitidamente tomou conta dos atletas em campo e os erros se multiplicaram. Na volta para o 2º tempo, mesmo sem mexidas, o Vasco corrigiu detalhes ofensivos. Paulo Henrique se adiantou pela direita e a área passou a ser mais frequentada por Coutinho e pelos pontas.

Hugo Moura já tinha chegado perto de empatar pouco antes de acertar uma linda inversão de jogo para Lucas Piton pela esquerda. O lateral cruzou com perfeição na segunda trave e Vegetti ajeitou para Nuno Moreira marcar. O tento vascaíno fez o Santos voltar a buscar a bola por mais tempo. Se instalou no campo de ataque para isso. Quase voltou ao comando do placar em finalização de Guilherme.

O goleiro cruzmaltino voltou a aparecer com destaque logo depois, ao espalmar chute cruzado de Barreal. Nenhuma das duas equipes conseguia controlar a partida por mais de cinco minutos em sequência até aquela altura. O jogo foi ficando cada vez mais franco. Gabriel Brazão também se destacou ao realizar grande defesa em cabeçada de Vegetti.

As mexidas começaram a ser feitas na metade do 2º tempo. Tchê Tchê, Payet e Adson entraram no Vasco. Paulinho, Coutinho e Garré saíram. No Santos, Gabriel Veron e Deivid Washington substituíram Barreal e Tiquinho. Rollheiser passou a jogar na meia-central.

Além da manutenção da agressividade ofensiva e da boa atuação de Lucas Piton, o Vasco contou com Paulo Henrique muito mais ativo no 2º tempo. A força para buscar a virada passa bastante pelo crescimento do lateral-direito, que possibilitou variações de lado de ataque ao Cruzmaltino.

Payet contribuiu para o triunfo carioca logo depois de entrar em campo. Bateu com perfeição a falta finalizada por Vegetti aos 33 minutos. Cabeçada fulminante do argentino no canto de Brazão. O Santos ainda tentou pressionar com Pituca, Luca Meirelles e Thaciano em campo, mas esbarrou em um Vasco mais confiante e concentrado defensivamente.

Fonte: Blog do Rodrigo Coutinho - ge
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