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Veja a análise do empate do Cruz-Maltino com o Avaí

O Vasco tentava, contra o Avaí, na Ressacada, vencer o "vento contra" após a derrota por 1 a 0 para o Santos, em São Januário. Em Florianópolis, porém, o técnico Vanderlei Luxemburgo teve de mudar a proposta de jogo do Cruz-Maltino por causa de outro vento, o Sul, tradicional da capital catarinense. Viu-se, então, uma equipe com pouca inspiração e muitos erros.

Depois do intervalo, com o vento a favor e uma "preocupação" a menos, o Vasco melhorou. Voltou a apresentar um futebol parecido com aquele que tirou a equipe da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Mesmo assim, não foi o suficiente para conseguir voltar para o Rio de Janeiro com os três pontos. A noite para o Cruz-Maltino, para Talles Magno, para Raul e companhia na Ressacada não foi feliz.

Agora, graças ao empate, o Vasco tem 28 pontos e está a cinco da zona de rebaixamento do Brasileirão.

Veja, abaixo a análise do empate do Cruz-Maltino com o Avaí:

Primeiro tempo muito abaixo

O Vasco entrou em campo para enfrentar o Avaí com um ritmo diferente do que nos acostumamos a ver desde a chegada de Vanderlei Luxemburgo. A equipe perdia divididas, não conseguia explorar contra-ataques e era facilmente marcada quando se arriscava ao campo ofensivo.

O que também mudou foi a proposta de jogo do Vasco. Nas últimas rodadas, depois de diversos ensaios durante as semanas de treinos no CT do Almirante, o Cruz-Maltino passou a pressionar os adversários em seu campo de ataque, para diminuir espaços e forçar chutões. No primeiro tempo na Ressacada, o time ficou atrás. Segundo Vanderlei Luxemburgo, culpa do vento.

- A proposta do primeiro tempo era contra o vento, então tínhamos de jogar mais fechadinhos, tocando a bola. Com a bola longa - explicou o treinador.

Por causa do nível baixo também do Avaí, o Vasco não foi pressionado. Longe disso, aliás, mas criou extremamente pouco diante de um adversário que não oferecia muita resistência e força defensiva.

Em um ciclo natural de quem tem apenas 17 anos e está em sua primeira temporada como jogador profissional, Talles Magno estava muito pouco inspirado contra o Avaí. O atacante parecia se irritar com a forte marcação de Betão e chegou a tomar cartão amarelo por deixar a mão no rosto de um adversário.

Talles, como Luxemburgo já esperava e havia dito em uma das primeiras partidas do atacante, oscilou. O garoto, prestes a se apresentar à seleção brasileira sub-17, errou lances no ataque e não conseguiu apresentar a mesma qualidade que o credenciou a ser titular absoluto e ganhar até o apelido de “mágico”. Normal para quem está só começando.

A apresentação ruim fez Talles ser substituído ainda no intervalo na Ressacada, para a entrada de Felipe Ferreira. Depois, a joia assistiu ao segundo tempo no banco de reservas com gelo no tornozelo esquerdo, mas Vanderlei Luxemburgo disse, em entrevista coletiva, que a alteração foi por opção técnica.

Mais uma vez, as chances perdidas impediram que os raros momentos de inspiração do Vasco coroassem uma vitória. Sem a criatividade de Talles, substituído no intervalo, o jogador mais perigoso do Cruz-Maltino, principalmente no segundo tempo, foi Ribamar. Ao todo, a equipe comandada por Vanderlei Luxemburgo teve seis chances reais de gols e 11 finalizações.

Jogador mais inspirado do setor ofensivo, Ribamar ganhou praticamente todos os lances da defesa do Avaí, mas pecou na hora de finalizar quando chegou à frente do goleiro Vladimir. Os erros fizeram o Vasco deixar a Ressacada "satisfeito" com o empate, mas lamentando as chances desperdiçadas - o que tem sido costume.

O Vasco que foi para o vestiário depois do primeiro tempo não voltou para a etapa final. Depois de 45 minutos iniciais desastrosos, com poucas chances criadas e muitos erros de passes e escolhas, o Cruz-Maltino voltou melhor do intervalo - ainda abaixo do que o torcedor se acostumou a ver com Luxemburgo no comando.

Insatisfeito com desempenho de seu time, o treinador fez duas mudanças: tirou Raul e Talles para colocar Andrey e Felipe Ferreira, respectivamente. O segundo, principalmente, teve papel importante na melhora do Vasco depois do intervalo. Pela direita, organizou o jogo e tentou diminuir a euforia que impedia que o time tivesse jogadas trabalhadas no ataque.

A melhora fez Ribamar ficar cara a cara com Vladimir três vezes no segundo tempo, mas as finalizações não superaram o goleiro do Avaí. Mesmo com a melhora, faltou para o Vasco colocar a bola no chão e ter mais ímpeto diante de um adversário em situação delicada no Campeonato Brasileiro.

Fonte: ge
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