Nem Douglas, nem Alan. No início de 2016, quando o Vasco subiu nove jogadores da base para a pré-temporada, a expectativa maior estava em cima de Evander. O talentoso meio-campista, com passagens pelas seleções de base e coleção de gols no Cruz-Maltino, era a principal esperança de rejuvenescimento no elenco cruz-maltino. Mas as coisas não saíram desta maneira.
Aos 18 anos, Evander não conseguiu se firmar entre os profissionais. Tanto que passou o ano alternando entre o time de cima e o sub-20, onde é protagonista. Nesta sexta-feira, reforçará novamente os juniores na final do Torneio Octávio Pinto Guimarães, contra o Flamengo, em São Januário, às 16h (de Brasília).
Após derrota por 1 a 0 no jogo de ida, o Vasco precisa devolver o placar para levar o jogo para pênaltis, ou vencer por margem maior de gols para garantir um título que não vem desde 2009. Para isso, conta com Evander. E o jovem também conta com isso: afinal, após aprendizado em 2016, quer se firmar entre os profissionais em 2017 e virar ídolo.
- Eu tinha alguns objetivos para cumprir e não consegui em 2016. Mas tenho certeza que irei atingi-los na próxima temporada. O principal é me firmar de vez no profissional e dar alegrias para a torcida. Quero começar a me tornar um ídolo do clube do meu coração – disse o garoto.
Confira a entrevista com Evander:
GloboEsporte.com: O Vasco não chega a uma final do OPG há sete anos. Como você encara este jogo e como a experiência de uma final com o maior rival pode te agregar como jogador?
Evander: É sempre bom jogar uma final, ainda mais contra o maior rival. Vamos com tudo porque queremos esse título de qualquer jeito. É uma conquista que representará muito para nós. O grupo está confiante e vai dar o seu melhor dentro de campo.
Os profissionais do Vasco não perderam para o Flamengo no ano. No sub-20 a história é diferente. Há a mesma cobrança de ganhar do Flamengo do que no time de cima?
A cobrança é a mesma, ninguém gosta de perder para o Flamengo. Infelizmente, nós perdemos o primeiro jogo da final, mas tenho toda certeza que o resultado da segunda partida será diferente.
Você passou o ano entre os profissionais e os juniores? Como você avalia 2016 para o seu crescimento como jogador?
Em meu primeiro ano no profissional, tive altos e baixos, o que é normal para um jovem. O ano de 2016 foi de adaptação. Foi importante para ver como as coisas são diferentes.
Outros meninos, como o Douglas e o Alan, tiveram mais chances no time profissional. Você, porém, é sempre citado como o mais promissor da geração. Há pressão maior em você? Como você se sente nesta condição?
Não tenho pressão nenhuma, pelo contrário. Estou tranquilo, pois sei que tudo irá acontecer no tempo certo. Vou seguir trabalhando firme para conquistar novamente o meu espaço.
Por que você acha que não teve tantas chances no time profissional nesta temporada?
Tive oscilação durante o período que estive no profissional. Em algumas partida fui bem, em outras fui mal. No profissional, você tem que estar 100% o tempo todo, não pode oscilar. Como disse, esse primeiro ano no time de cima serviu de aprendizado para mim.