Público presente: zero. O jogo com portões fechados deu um ar diferente a São Januário, ontem, na vitória do Vasco sobre o Atlético-GO, por 3 a 0. Com as arquibancadas vazias, o único barulho que se escutava era o que saía de dentro do campo. Jogadores e técnicos não tiveram reclamações e xingamentos “abafados” pelos torcedores e o LANCE!Net pegou os detalhes do que foi falado em campo.
Dava para ouvir tudo. Tudo mesmo! Do som emitido pelos quero-queros no gramado ao grito de gol dos narradores nas cabines de transmissão, mesmo estando no lado oposto do estádio. Entre os jogadores, gritos tradicionais como “sai, sai” para a defesa se afastar da área e “ei, ei” em reclamações de faltas direcionadas à arbitragem.
Aliás, o juiz Emerson de Almeida Ferreira pôde ouvir perfeitamente as reclamações, críticas e xingamentos. Principalmente por parte dos treinadores de ambos os times, ainda que o comandante do Atlético-GO, Marcelo Martelotte, estivesse bem mais exaltado.
- P..., não tem bandeira para ajudar aqui? Levanta a p... dessa bandeira! Foi falta no meu jogador – disse, em determinado momento.
Por conta dessa reclamação mais forte, logo recebeu uma dura do árbitro, mas respondeu prontamente:
- Hoje não tem torcida, chefe. Vai dar para ouvir tudo que a gente fala.
No lado vascaíno, o técnico Adilson Batista poupou a arbitragem, ao contrário do diretor executivo, Rodrigo Caetano (veja nas frases abaixo). Mas o comandante protagonizou uma cena curiosa, ao reclamar da subida de Aranda na jogada que originou o segundo gol:
- Não Aranda, segura... Isso, Aranda. Vai! Boa, Aranda...Valeu!
E assim foi a tarde de sons apenas dentro de campo na Colina...
Veja algumas frases da partida
“Capricha, p... Se não caprichar vai pro banco, hein”
Marcelo Martelotte - Técnico do Atlético-GO, ao reclamar de um erro de passe de um jogador
“Ô, Ô, foi mão, p... Bateu na mão dele, não vai dar nada?”
Jorginho - Meia do Atlético-GO, pedindo pênalti
“Boa, Marcos! É isso mesmo!”
Adilson Batista - Técnico do Vasco, elogiando a vontade de Marquinhos do Sul na marcação
“Não vai dar cartão, não?”
Rodrigo Caetano - Diretor do Vasco, pedindo cartão
“Vai deixar falar, é?”
Rodrigo Caetano - Depois de os jogadores do Atlético-GO reclamarem de um pênalti
“P..., não tem bandeira para ajudar aqui? Levanta a p... dessa bandeira! Foi falta no meu jogador”
Marcelo Martelotte - Reclamando de falta não marcada
“Não Aranda, segura... Isso, Aranda. Vai! Boa, Aranda...Valeu!”
Adilson Batista - Dando ordens 'opostas' a Aranda