O Palmeiras quer Marrony. O Vasco aceita negociá-lo. O que falta é um acordo entre as partes. A transferência, para o clube carioca, precisa significar alívio financeiro, dinheiro na conta. E é nisso que as partes não falam a mesma língua.
O Palmeiras ofereceu jogadores emprestados por um ano, com os salários pagos integralmente por ele — o somatório da economia do Vasco com vencimentos seria de R$ 1 milhão. Na temporada, o cruz-maltino teria R$ 12 milhões em salários pagos pelo clube paulista.
A diretoria vascaína recusou. O clube não aceita perder um dos principais ativos que tem no elenco sem ver a cor do dinheiro. Para o Palmeiras, uma referência que o Vasco tem é dos R$ 28 milhões que o clube ofereceu para contratar Rony, do Athletico. O Furacão sinalizou com a compra de 50% dos direitos de Marrony por cerca de R$ 13 milhões. O Vasco considerou pouco e não aceitou.
O clube da Colina tem pressa, mas ao mesmo tempo a expectativa de que uma proposta boa virá na janela do meio de ano, como a do Newcastle, da Inglaterra, ano passado.
Por parte do jogador, há o desejo de se transferir se for algo bom para todas as partes envolvidas. A dívida do Vasco com Marrony é grande. Além dos salários atrasados, o jogador não recebe direitos de imagem desde agosto.
Os executivos de Vasco e Palmeiras, André Mazzuco e Anderson Barros, estão conversando sobre o assunto. A resposta ao primeiro sinal do Vasco foi negativa, de que a proposta segue nos moldes iniciais, sem envolver dinheiro. Fica a queda de braço: o clube paulista enfrenta dificuldades para reforçar o elenco com um jogador com o perfil de Marrony, que jogue aberto pelas pontas. Tanto que a temporada mal começou e ele já fez cinco testes na posição. Já o cruz-maltino precisa de dinheiro com urgência.