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Veja mais trechos da coletiva de Paulo Bracks

Na coletiva desta terça-feira, em que Paulo Bracks confirmou a permanência de Maurício Barbieri no comando do Vasco, o diretor executivo da SAF admitiu erros na montagem do elenco para a temporada, mas reafirmou que 80% do elenco está completo e mirou a próxima janela - onde já garantiu um reforço fechado e dois avançados.

- Quando falei de 80 e 90% do elenco, vou ficar com 80%. Montamos 80% do elenco que queríamos, dentro do possível pelo orçamento. A conta é fácil: se trabalharemos em um elenco de 30 jogadores, e faltam 20%, faltam seis jogadores. Não garanto que contrataremos seis jogadores, mas os 80% eu reafirmo que conseguimos cumprir.

- A gente tem sim jogador já contratado para a próxima janela. Temos quase dois nomes já fechados para a próxima janela. Não vou falar nem confirmar que nomes são. Lacuna no elenco posso falar duas, sem nenhum tipo de problema, porque não quero melindrar nem adentrar em um universo que existe dentro do elenco que vamos jogar até julho com esse grupo e confio neles. Mas já falei várias vezes que a gente busca um primeiro volante e a gente também busca um meia. Essas duas posições eu confirmo para você - revelou o dirigente.

Sobre a montagem do elenco e as promessas, Paulo Bracks, na apresentação de Maurício Barbieri, afirmou que gostaria de ter de 80 a 90% do elenco pronto em abril. Nesta terça, reafirmou que conseguiu cumprir a promessa, e disse que ainda faltam alguns jogadores, mas sem confirmar um número específico de reforços para a próxima janela.

- A gente consegue competir sim com esses 11 jogadores que estavam se desenhando, e foi essa entrevista que eu dei, como time titular. A gente está na oitava rodada e, obviamente que a gente não vai manter o que estava sendo feito só para mostrar que a gente estava certo. A gente não quer ter razão, a gente quer ser feliz aqui. Quer só acertar o rumo, em relação a porcentagem da montagem


Falta de um camisa 10

Sobre a falta de um meia de criação no elenco, Paulo Bracks revelou que existe um nome na pauta negociando com o Vasco, mas que esse nome não pode vazar, e seria um que "entregaria" o preenchimento dessa lacuna.

- Foi mirado alto demais na posição de meia desde o início. E não em relação em reposição ao Nenê, mas que a gente precisava sim um jogador de qualidade melhor ali no meio. A gente chegou próximo de dois ou três jogadores, que até tiveram o nome vazado, mas não conseguiu fazer. E entre esses jogadores de muita qualidade, os atletas que tinham disponíveis no mercado naquele momento e os que a gente tinha dentro do elenco para potencializar e exercer essa função, a gente ficou com a terceira opção: atletas dentro do nosso elenco que poderiam exercer dentro do modelo de jogo essa função. Melhor do que trazer esse jogador de uma prateleira que não ia nos agregar muito. Esse alvo, pode ter nos prejudicado nessa corrida de contratação. Eu não quis fazer, o grupo também não quis fazer uma contratação por ser uma contratação para aquela posição. Porque diferente da posição de goleiro, que você citou, o meia pode ser feito por outros jogedores de linha.

- A gente entendeu que um jogador aqui dentro iria ocupar essa posição, mas até agora esse jogador não ocupou. Então é uma lacuna do elenco. Vamos buscar completar essa lacuna, e já estamos. E ainda bem que esse nome ainda não vazou, porque não pode vazar, porque se vazar, não vem. Esse nome seria entregar. Não vou fazer cortina de fumaça, não vou iludir, porque pode não vir. Não depende só de mim. O que te garanto é que o esforço incansável para trazer essa peça vai acontecer. Não vamos fazer passo maior que as pernas.

- Vou até o meu limite de reinvidicação da parte financeira, e pessoas competentes e profissionais veem o pedido e me devolvem. As lacunas no elenco já identificamos, concordamos, e estamos trabalhando para preencher essas vagas o quanto antes - completou Paulo Bracks.

Reforços: um fechado e outros próximos

Paulo Bracks garantiu que um jogador já está contratado pelo Vasco para a próxima janela, e disse que há dois nomes avançados com o clube. O diretor reconhece que existe uma lacuna na posição de meia e de primeiro volante no elenco, mas afirmou que não revelará os nomes acertados e os que estão negociando.

- Eu não quero fazer a cortina de fumaça, porque estamos na 8ª rodada e em uma posição e pontuação que não queremos. Só isso. Tenho perfil diferente de outros diretores que poderiam se valer disso, de soltar nome de atletas para que o foco seja desviado para esses jogadores e desfocasse do principal: resultado de campo do Vasco. Não vou fazer.

Coutinho, Allan, Souza... voltam?

- Quando você pergunta de atletas que não quiseram vir pra cá, nenhum deles foi cria do Vasco. Eu disse que atletas mirados na primeira janela, agluns não quiseram voltar ao Brasil e alguns não quiseram vir pro Vasco. Todos os crias, sem exceção, nenhum deles falou que não queria voltar. Alguns vazaram, como o nome do Coutinho. Sobre algumas contratações de outros atletas que a gente conversa, mas que por outras razões, e não da vontade deles, a gente não consegue fazer a contratação. O Andrey retorna ao Vasco sim assim que terminar a participação no Mundial. Eu não tenho conhecimento interno de processo do Andrey contra o Vasco. Não questionei o staff ou o jogador sobre isso. Preciso separar uma questão da outra para impedir que isso interfira na parte técnica. Vários ídolos já questionaram o clube na justiça e nem por isso têm portas fechadas aqui. Eu conto com Andrey e Marlon Gomes assim que acabar o Mundial, não vejo clima ruim dentro do clube e, de novo, não recebi formalmente dentro do clube de processo dele no Vasco.

Estrutura de negociações

Sobre a estrutura das negociações, Paulo Bracks reafirmou que o papel dele no Vasco é reivindicar por esses reforços, apresentar os nomes aos membros da 777, e, a partir disso, são aprovados ou não. Na posição de meia, especificamente, o diretor acredita que mirou "alto demais", e admite que isso pode ter sido um erro.

- Não vou responder do que não é responsabilidade minha. O que posso dizer é que tudo que está sendo feito, está sendo feito dentro do que foi planejado. Toda a janela de janeiro foi feita dentro do que foi planejado e entregue ao futebol. O meu papel é reivindicar. Posso chegar na reunião do grupo, em novembro, que é algo novo aqui no Brasil, eu poderia ter chegado lá e dito que não precisava de investimento porque eu tava satisfeito com o elenco. Um dia vamos chegar nesse nível. Não é nossa realidade esse ano. Lá eu fiz a reivindicação. Apresentei o planejamento e o projeto dessa reivindicação. A partir dali, já não é comigo. Eu já não tenho mais a caneta. E é natural que eu não tenha. Existem pessoas que tem essa função, tanto no âmbito da 777 quanto do Vasco. Novamente, fiz isso nessa outra reunião presencial que tivemos na França. A reivindicação já foi feita, que passa pela correção de alguns buracos no elenco, que existem sim, e outros que a gente entende que são necessários para que a gente tenha um elenco ainda mais competitivo para buscar esse ano sólido.

- Em relação ao meia, a gente buscou nomes dentro do mercado de muita qualidade. Aí eu acho que pode ter sido um erro meu porque mirei alto demais. A gente não conseguiu por vários fatores dentro dessa negociação, seja por financeiro ou aceitação do atleta. A torcida pede alguns atletas com a premissa de que o jogador quer vir para cá. Às vezes o jogador não quer vir pra cá, ou pro Brasil. A gente é cobrado desse atleta não vir, sem poder expôr esse jogador que não quer vestir a nossa comisa.

O diretor ainda disse que alguns jogadores foram reprovados em etapas diferentes do processo de contratação do Vasco, seja pela comissão técnica ou pela 777 Partners.

- Alguns jogadores foram aprovados internamente por mim e pelo time de análise, mas que foram reprovados pelo treinador e pela parte técnica. Essa contratação não foi feita. Muitos jogadores foram aprovados por nós, aprovados pela parte técnica e não foram aprovados pela 777, o que é normal dentro do nosso processo. Vários nomes que foram ventilados dentro da primeira janela podem ter sido jogadores que a gente negociou, procurou e aprovou, mas que não conseguimos contratar por vários fatores.

Uso da base

Paulo Bracks elogiou a base do Vasco, disse que ela deve ser valorizada e utilizada, mas afirmou que os times de alta perfomance não têm jogadores de base como titulares, reconhecendo que o processo está errado. O dirigente garantiu todo respaldo para os jogadores jovens do clube, no entanto, enfatizou que mudanças serão feitas na próxima janela.

- O Vasco sempre valorizou a base. A história é valorização da base. Os torcedores reinvindicam a volta de jogadores da base. E de uma hora para outra eu vejo críticas ao uso da base. Vai continuar, porque são jogadores em processo de formação. Vão ter todo o nosso respaldo aqui. A gente está fazendo diferente do que outros clubes fazem. Clubes que estão com performance alta não têm nenhum jogador de base como titular e a gente entende que esse processo é errado. Esses jogadores estão amadurecendo dentro da competição, que é dura. Aqui tem jogadores de talento, que são futuro do clube. No último jogo tinha um jogador de 17 anos no banco de reservas que pode ser o futuro do clube. Somado aos investimentos feitos, ao uso da base e as rotas que precisam ser corrigidas, até porque tem uma outra janela e a gente se planeja dessa forma como todos os clubes, mas, até lá, quem vai dar a solução está aqui.

- Até o início de julho, o elenco é esse, a comissão técnica é essa e a diretoria é essa. A gente entende, sim, que mudanças devem ser feitas em relação a esses 20%, mas até lá, segurança, convicção e confiança no que temos aqui para fazer diferente. Assumo meus erros na montagem do elenco, e que bom que eu tenho condição de assumir e fazer diferente na próxima janela. Os 20 elencos montados na Série A não são elencos que estão prontos em janeiro. E não admitir isso seria uma falha muito grande. Os erros aconteceram sim, são naturais e a gente vai corrigir.

Fonte: ge
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