Futebol

Veja quantidade de expulsões de Dorival Júnior em dois anos

A paciência de Dorival Júnior com os erros de arbitragem à beira do campo anda curta. Contra o Flamengo, no empate de 1 a 1, depois de reclamar de alguns lances desde o primeiro tempo, o treinador do Vasco foi expulso de campo e teve que assistir a quase todo segundo tempo dos camarotes do estádio Mané Garrincha (veja o vídeo ao lado). Foi a sétima expulsão em menos de dois anos do atual treinador do Vasco. Substituto de Dorival no fim da partida contra o rubro-negro, Lucas Silvestre, filho de Dorival – e auxiliar direto do treinador pela primeira vez na breve carreira -, vai fazer sua estreia desde o início da partida contra o Fluminense, em Florianópolis, na próxima quarta-feira.

Com comportamento agitado à beira do campo, Dorival admite que é seu costume reclamar mesmo das marcações do árbitro e dos bandeirinhas. Neste domingo, no primeiro tempo, um lateral marcado para o Flamengo já havia sido motivo para reclamação de Dorival. Mas o técnico explodiu mesmo no segundo tempo, quando Wallace agarrou a bola com as mãos (já tinha amarelo) e não foi expulso. Acintosamente, Dorival apontou três dedos da mão e disse que era a terceira falta para cartão amarelo do zagueiro rubro-negro, que, no entanto, terminou o jogo.

Foi a segunda expulsão do treinador defendendo o Vasco. A primeira foi em 2009, na Série B, em meio à sequência de oito partidas sem vitória do time entre jogos do campeonato nacional e da Copa do Brasil. Na ocasião, o técnico questionou as decisões do árbitro e classificou a arbitragem brasileira como acomodada.

Pelo Internacional, em 2012, Dorival foi expulso duas vezes no Campeonato Gaúcho. No segundo semestre, ele não terminou as partidas do Flamengo dentro de campo em mais três oportunidades, pelo Brasileiro. No Carioca deste ano, mesmo com o Rubro-Negro goleando o Friburguense por 4 a 0, o treinador questionou a marcação do árbitro Rodrigo Carvalho aos 36 minutos do segundo tempo. Na súmula, o juiz disse que Dorival gesticulou de forma acintosa e disse que ele estava “de brincadeira”.

- Falar sobre expulsão é relativo. Foi no primeiro momento que falei alguma coisa com ele (árbitro). Apenas cobrei uma atenção maior nos lances. Infelizmente, não podemos abrir a boca com a arbitragem, mesmo com todos os erros que aconteceram na partida – disse o técnico, na até então única expulsão desta temporada.

 O discurso é semelhante ao de novembro de 2012, também pelo Flamengo, quando Dorival disse que “não ia mudar”, acentuando ainda que não estava ofendendo ninguém e que sua única maneira de chamar a atenção, de maneira instintiva, era abrindo os braços.

- Não é para agredir ninguém. Eles estão donos da situação. Nunca fui expulso por agressão verbal, apenas por questionar – dizia Dorival.

Dorival mudou de lado, saiu do Flamengo, voltou ao Vasco e seguiu às turras com os árbitros. No passado, também disse que os juízes “querem aparecer mais que a bola” e que os treinadores deveriam trabalhar amarrados, dentro de uma cabine. Com as mãos soltas, o treinador vai ficar na cabine na próxima quarta-feira. À beira do campo, Lucas Silvestre, auxiliar técnico e filho do treinador, tem a missão de manter os nervos no lugar e mover o Vasco para uma nova vitória, na luta contra o rebaixamento.

Fonte: ge
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