Para entender os impactos do veto ao congelamento nas contas de cada clube, o ge procurou o Ministério da Cidadania, ao qual a Secretaria Especial do Esporte é subordinada, e pediu a lista atualizada com valores devidos por cada membro da primeira divisão.
O órgão informou que as parcelas do Profut são classificadas como "acesso restrito", segundo a Lei de Acesso à Informação. Apesar de serem dívidas públicas, os valores não foram detalhados pelo governo.
O blog, então, entrou em contato com todos os clubes com a pergunta sobre o valor das parcelas. O Ceará não respondeu às mensagens até o fechamento. O Coritiba tomou a decisão de omitir o número.
O Internacional publica um acompanhamento dos pagamentos ligados ao Profut em seu portal da transparência. No caso de Atlético-GO e Goiás, o blog considerou valores publicados pelo jornal O Popular. Todos os demais foram informados por fontes nos clubes.
Clube Profut (em R$ por mês)
Athletico-PR: 75.000
Atlético-GO: 80.000
Atlético-MG: 500.000*
Bahia: 440.000
Botafogo: 1.400.000
Red Bull Bragantino: Não aderiu
Ceará: Não respondeu
Corinthians: 300.000
Coritiba: Não quis revelar
Cruzeiro: Excluído
Flamengo: 1.500.000
Fluminense: 830.000
Fortaleza: 60.000
Goiás: 120.000
Grêmio: 400.000
Internaciona: l300.000
Palmeiras: Não aderiu
Santos: 600.000
São Paulo: 250.000
Sport: Não aderiu
Vasco: 1.400.000
Fonte: ge
*Adiantou parcelas e só volta a pagar no fim de 2021
Algumas crises se agravam
As consequências do veto presidencial ao congelamento dos pagamentos são variadas. Em clubes como Botafogo, Fluminense e Vasco, cujas finanças estão em crise crônica, as quantias são suficientemente altas para provocar severas dificuldades.
Mesmo quando as parcelas não são tão altas quanto as dos cariocas, casos de Bahia e Santos, as obrigações mensais são desafiadoras em um contexto de perda de receitas por causa da pandemia.
O Profut foi instituído em 2015, ainda no governo de Dilma Rousseff, e permitiu o reparcelamento de impostos atrasados em até 240 parcelas mensais. Houve descontos em juros, multas e encargos. Nos primeiros anos, as parcelas foram mínimas para facilitar o ajuste das contas.
Entenda como andam as finanças dos clubes na série mais recente do blog, com base nos balancetes referentes ao terceiro trimestre de 2020.
Corinthians
Cruzeiro
Flamengo
Fluminense
Grêmio
Internacional
Palmeiras
Santos
São Paulo