O Vasco aproveitou-se da vantagem obtida no primeiro jogo, que venceu por 1 a 0, e apostou na velha fórmula de segurar atrás para surpreender no contra-ataque, o que o fez com eficiência para deixar o Maracanã com o empate de 1 a 1 que garantiu a sua merecida presença - pelo acerto no aspecto tático e pelo espírito de luta - na decisão da Copa do Brasil.
E a estratégia do Vasco ficou evidente desde que a bola rolou. O Fluminense tinha a posse de bola, forçava daqui e dali, e passava até a impressão de ser o senhor absoluto da situação, mas não tardou a sofrer com as saídas do adversário, sempre em altíssima velocidade, que deixavam a retaguarda tricolor invariavelmente exposta.
Tanto que com menos de 15 minutos Marcão e Lenny já haviam tomado cartões, pois foram obrigados a derrubar os adversários que partiam rápido em direção ao gol de Fernando Henrique. Um detalhe: Arouca foi mal escalado, pois não tinha condições de jogo, e não conseguia acompanhar a correria do trio Moraes-Edílson-Valdiram.
Na frente, o Fluminense chegou a desperdiçou duas oportunidades, nas finalizações equivocadas de Tuta e Marcelo, e ainda encontrou Cássio atento em duas tentativas de gol olímpico de Petkovic. Num dos tais contra-ataques, o Vasco enfim marcou, após a rápida tabela EdílsonWagner Diniz, que rolou para Valdiram concluir.
A vantagem cruzmaltina desnorteou o Tricolor, e nem a mudança de Oswaldo de Oliveira, que aproveitou a contusão de Arouca para trocá-lo por um atacante, Cláudio Pitbull, foi suficiente para alterar o panorama.
Mal começou o segundo tempo e o Fluminense partiu para cima, chegando ao empate com Petkovic, na cobrança de um pênalti cometido por Ygor, que interrompeu a trajetória do chute de Pitbull.
O Tricolor bombardeou por mais de 10 minutos, enquanto o Vasco tentava cadenciar o ritmo, sem deixar de buscar os contra-ataques, mesmo que já sem a mesma eficiência. Justiça seja feita: houve um pênalti de Tiago Silva em Ygor, mas é até provável que o árbitro, com a visão encoberta, não tenha percebido.
O tempo foi passando, e a necessidade de marcar outra vez foi tornando o Fluminense mais afobado, dado que a marcação cruzmaltina também era cada vez mais implacável. Com meia hora, Oswaldo fez outra troca, deixando o Fluminense com cinco atacantes.
Tiago cometeu pênalti sobre Ernâne. Edílson bateu para fora. Menos mal para ele, pois o empate permaneceu e a vaga veio.