O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou ontem a compra da fabricante americana de artigos esportivos Reebok pela alemã Adidas.
Os conselheiros entenderam que a operação teria pouco impacto no mercado brasileiro e não impuseram restrições. As duas empresas submeteram a operação às autoridades da concorrência em 12 países.
No Brasil, o processo chegou ao governo em agosto de 2005. Segundo análise da Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, a união provocou uma concentração abaixo de 20% no mercado brasileiro. Além disso, como as duas têm faturamento inferior a R$ 400 milhões no país, não há riscos à concorrência. Apesar da aprovação, os advogados das empresas criticaram o Cade, devido à demora na análise no Brasil, último país a julgar o caso. A presidente do conselho, Elizabeth Farina, disse que a demora deveu-se a dúvidas sobre o mercado de calçados esportivos. Segundo os conselheiros, isso poderia fazer com que a concentração variasse entre 15% e 70%.
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