A venda do atacante Marrony para o Atlético-MG por R$ 20 milhões foi a saída encontrada pelo Vasco para minimizar o problema dos salários atrasados. Porém, embora amenize, a transação não irá zerar as dívidas do clube.
De imediato, o Cruz-Maltino irá receber dos mineiros R$ 15 milhões, sendo os R$ 5 milhões restantes pagos de maneira parcelada e também divididos entre o Vasco e o Volta Redonda, time formador do atleta de 21 anos.
O custo operacional mensal do clube de São Januário, no entanto, é de R$ 12 milhões, sendo cerca de R$ 3,5 milhões somente com a folha de pagamento do departamento de futebol. Além disso, o Vasco ainda é obrigado a destinar cerca de R$ 10 milhões por mês em dívidas acordadas na Justiça.
Atualmente, o Gigante da Colina deve quatro meses de salários atrasados ao elenco (a diretoria considera que maio vence apenas no dia 20). Já em relação aos funcionários, o débito varia entre três meses e meio e dois meses e meio, dependendo do valor salarial.
Clube luta contra penhoras
Na contramão de tudo isso, o Vasco ainda trava lutas constantes no tribunal para evitar penhoras. Recentemente, o clube conseguiu um acordo com um escritório que possui confissão de dívida e que solicitou justamente uma penhora de parte da venda de Marrony para o Atlético-MG.
O atacante é aguardo hoje (16) no clube mineiro para realização de exames médicos e assinatura de contrato.