Além do clima eleitoral instalado nos bastidores e da luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o Vasco voltou a conviver nesta quarta-feira com denúncias dando conta de nova falta de água na sede de São Janúario. O fato acontece pouco mais de um ano após o clube viver uma polêmica por conta da dívida com a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), o corte no fornecimento e a circulação frequente de um caminhão-pipa no estádio em meio aos treinos do time profissional.
Desta vez, o grupo "Casaca" - oposição à gestão de Roberto Dinamite - denunciou a ausência no fornecimento de água aos jovens que integram o futsal cruzmaltino. Durante o treinamento da última terça-feira não existia água nos bebedouros e o banheiro do local estava sem funcionamento, já que comportava mesas e cadeiras em seu interior.
Dois caminhões-pipa foram chamados, porém, o problema não foi resolvido de acordo com os denunciantes. A reportagem do UOL Esporte entrou em contato com o vice de patrimônio do Vasco, Manuel Barbosa, para esclarecer o caso.
O cartola afirmou desconhecer a interdição do sanitário próximo ao local de treinos e assegurou que os caminhões-pipa foram usados para outra finalidade.
"Não existe falta de água. O caminhão-pipa foi chamado para a irrigação do gramado. São dois carros para encher as cisternas e utilizarmos no campo. A média é de quase 60 mil litros diários para a manutenção. Analisamos as situações e vamos conferir normalmente o estado de todos os banheiros", explicou.
O episódio do ano passado causou repercussão negativa ao presidente Roberto Dinamite. O próprio utilizou a atuação como deputado estadual e protocolou um projeto de lei para reduzir a cobrança pelo fornecimento de água aos clubes. A dívida de R$ 1.336.230,19 com a Cedae foi parcelada em 36 vezes.