Vice-presidente jurídico do Vasco: "Todo o FGTS está em dia"

Rio - Enquanto o elenco do Vasco vive a expectativa de receber na quinta-feira o salário referente ao mês de janeiro - o de dezembro foi depositado na quarta - um jogador, em especial, não tem mais clima para continuar em São Januário. Bernardo entrou na Justiça do Trabalho contra o clube por não ter recebido luvas e 13 meses de FGTS. E, como ganhou a causa, seu contrato já não está em vigor. A diretoria garantiu que está em dia com o jogador, diz que ainda não foi informada e espera contornar a situação.

O meia foi o único grande investimento do clube este ano, custando R$ 3,5 milhões. O dinheiro está perto de ir para o lixo, já que Bernardo a princípio estaria livre para sair.

A diretoria afirmou não saber da situação e só se pronunciou uma hora após a partida. O vice-presidente jurídico do clube, Aníbal Rouxinol, afirmou que a notícia surpreendeu todos no Vasco.

“Todo o FGTS está em dia. Vamos conversar nesta quinta-feira para decidir a melhor estratégia. Acredito que ele não vai sair do clube, pois podemos inverter essa situação”, afirmou o dirigente.

Porém, a torcida, inteirada sobre o assunto, vaiou Bernardo quando ele foi substituído e, em resposta, ouviu xingamentos. Para a imprensa, Bernardo reclamou da falta de cumprimento dos compromissos por parte do Vasco. “Eu sou trabalhador. Tenho filhos para criar”, afirmou o jogador.

Após a vitória sobre o Volta Redonda, Juninho, que viveu situação parecida no fim de 2000, comentou o caso.

“Não vou cuspir no prato em que comi. Eu também fiz isso, mas é diferente, porque não tinha mais contrato com o clube. É um jogador muito jovem, que chegou num estágio que foi decisivo em alguns jogos, mas ainda está engatinhando, começando a carreira. Ele tem um coração bom, mas tem dificuldade para avaliar algumas situações”, reconheceu o camisa 8.